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Temos de rejeitar sempre o suicídio assistido, diz cardeal de Barcelona

09 nov, 2019 - 18:47 • Susana Madureira Martins

O arcebispo Juan Jose Omella recorda que a Igreja também condena o prolongamento artificial da vida de quem está em sofrimento.

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O arcebispo de Barcelona alerta contra o suicídio assistido, rejeitando soluções para o sofrimento que passem pela destruição da pessoa.

Questionado pela Renascença sobre a discussão em Portugal em torno da eutanásia, o cardeal Juan Jose Omella defende que essa é uma ideia a rejeitar e esclarece que há uma diferença fundamental entre matar e prolongar desnecessariamente a vida humana.

Cada pessoa tem a sua dignidade, insiste. “Temos de rejeitar sempre o suicídio. Coisa diferente é a morte digna, de quem está em final de vida. O que não podemos fazer é prolongar essa vida com meios desnecessários.”

“A moral da Igreja, que é de um grande respeito pela pessoa, sempre referiu isso, cada pessoa merece respeito, tem a sua dignidade. Quanto ao suicídio sempre esteve contra, evidentemente, porque isso é a destruição da pessoa", insiste.

O arcebispo de Barcelona, Juan Jose Omella, falava com a Renascença, à margem da conferência "Com os pobres" que decorreu este sábado em Lisboa e organizada pela Cáritas e pela Comissão Nacional Justiça e Paz.

Este fim-de-semana tem sido pródigo em declarações sobre a eutanásia, numa altura em que se sabe que o assunto vai voltar a ser discutido no Parlamento. D. Jorge Ortiga lamentou, em entrevista à Renascença e agência Ecclesia, que se invista na morte em vez de nos cuidados continuados e paliativos, e este sábado o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse que não teme a chegada a Belém de uma lei sobre a eutanásia, insistindo que Deus dá forças para aguentar até o pior sofrimento.

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