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Crónica do Papa em África. A beleza escondida

10 set, 2019 - 06:10 • Aura Miguel , enviada especial a África

O que irrompe destes dias tão intensos da viagem do Papa, é a genuína alegria dos africanos, a sua generosidade e entusiasmo no seu modo de acolher Francisco.

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Francisco atravessou o continente africano com uma preferência: encontrar os mais pobres e mostrar ao mundo centelhas da sua beleza, onde menos se espera.

É certo que visitou três países bem diferentes entre si e cheios de contrastes, basta comparar o paraíso turístico das Maurícias, com a miséria de Moçambique e Madagáscar onde as chagas da corrupção, da exclusão e da violência parecem não ter fim.

Mas o que irrompe destes dias tão intensos da viagem, é a genuína alegria dos africanos, a sua generosidade e entusiasmo no seu modo de acolher o Papa.

Papa Francisco aponta Eusébio como exemplo de sonho e perseverança
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Com uma simplicidade há muito perdida na Europa, esta gente não faz de conta, mostra-se tal e qual, com uma límpida alegria que contagia e desarma.

Papa visita Cidade da Amizade em Madagáscar. "A pobreza não é uma fatalidade"
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Vimo-lo pelas ruas de Maputo, em Zimpeto, no estádio a transbordar para a missa, nos encontros com os jovens moçambicanos e malgaxes e, sobretudo, numa enorme pedreira de granito nos arredores de Antananarivo.

É que o modo como milhares de miúdos, resgatados das lixeiras junto dessa zona, cantaram e dançaram para o Papa e a delicadeza com que tantos homens e mulheres - que passam horas a partir pedra - receberam Francisco, o “semeador de esperança”, são a prova evidente do que ele mesmo afirmou: que “a pobreza não é uma fatalidade” e que “uma fé viva, traduzida em ações, pode devolver a dignidade a cada pessoa”.

Razões de esperança que o Papa soube revelar ao mundo, tão necessitado desta beleza escondida.

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