05 set, 2019 - 06:16 • Aura Miguel
O Papa começa o dia no “Palácio da Ponta Vermelha”, a antiga construção colonial que, antes da independência, era o palácio do governador português e agora é a residência oficial do Presidente moçambicano.
Após o encontro privado e a troca de presentes, o Presidente Nyiusi e o Papa Francisco dirigem-se ao Salão das Índias para o primeiro discurso às autoridades, a pouco mais de um mês das eleições.
Depois, segue ao encontro da juventude, num pavilhão desportivo. À espera do Papa, com cantos, danças e várias perguntas reúnem-se jovens de diferentes religiões e origens.
Mas a agenda de Francisco não fica por aqui. Depois do almoço, recebe, na nunciatura, a comunidade de Xai-Xai - cidade que, no ano 2000, ficou submersa com as inundações do rio Limpopo. Depois, vai à Catedral de Maputo encontrar-se com os bispos, sacerdotes, religiosos e também com catequistas e animadores.
Antes de regressar à nunciatura para jantar e dormir, Francisco ainda arranja tempo para visitar a “Casa Mateus 25”, uma obra da Igreja que acompanha os jovens sem abrigo e meninos da rua.
Um dos momentos-chave da intervenção do Papa em Moçambique será na missa campal de sexta-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto, que se espera cheio e com projeção complementar no exterior, para quem não conseguir lugar.
Moçambique é a primeira paragem de um périplo que inclui também Madagáscar e a ilha Maurícia, até 10 de setembro.
De acordo com o Vaticano, os católicos representam 28,1% da população moçambicana, marcada pela pobreza extrema.