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​Lisboa acolhe conferência sobre vida de fé e coragem da Imperatriz Zita

21 mar, 2019 - 16:48 • Aura Miguel

Mulher do imperador Carlos I da Áustria, depois beatificado, Zita tem também ela um processo de beatificação em curso.

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A vida de fé e de coragem da imperatriz Zita é apresentada esta quinta-feira numa conferência, em Lisboa. Mulher do beato Carlos d’Habsburgo, Zita tem também ela um processo de beatificação em curso.

Na paróquia da Santa Joana Princesa, Elizabeth Montfort, ex-deputada do Parlamento Europeu e atual secretária da associação para a beatificação de Zita, vem dar a conhecer o testemunho desta mulher que viveu na Madeira até à morte do seu marido.

“Ela é uma das raras pessoas próxima de nós na história, pois só faleceu em 1989, e praticamente passou por todas as situações pelas quais se pode passar: conheceu a riqueza e a glória, amou ternamente o seu marido, viveu situações bem calmas e agradáveis na sua família e, depois, conheceu a guerra, a traição, o exílio, a pobreza. Ofereceu a vida do seu marido, que morreu jovem aos 34 anos e assumiu a educação dos seus oito filhos”, descreve Elizabeth Montfort, acrescentando que, por isso, “ela junta-se a cada uma de nós, de uma maneira ou de outra”.

Nestas declarações à Renascença, Montfort explica que Zita, “durante a guerra, ainda jovem esposa, acompanhava o seu marido, o Imperador Carlos [I da Áustria], na linha da frente e ia aos hospitais visitar os feridos. O bispo de Viena chamava-lhe ‘o anjo do sofrimento’”.

O processo de beatificação de Zita foi aberto a 10 de dezembro de 2009, mas, lembra Elizabeth Montfort, não há data para a sua conclusão. "Os processos de beatificação são lentos e demorados, porque muito exigentes".

"Neste momento, damos a conhecer a vida desta mulher e damos graças porque acreditamos que ela está no céu a interceder para que Deus nos conceda as suas graças", diz.

Questionada sobre qual era o segredo de Zita para a vida de coragem e fé que levou, Montfort tem resposta pronta: "Ela alimentava a fé no amor ao seu marido, no seio da família e, sobretudo, junto da eucaristia e na adoração do Santíssimo Sacramento. Era essa a sua riqueza."

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