25 set, 2018 - 10:34 • Aura Miguel com Ecclesia e Redação
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O Papa iniciou esta terça-feira uma visita de um dia à Estónia, país com elevada percentagem de indiferença religiosa, deixando alertas para a tentação de omnipotência humana nas “sociedades tecnocráticas”.
Francisco sustentou que colocar “toda a confiança no progresso tecnológico” como o único meio possível de desenvolvimento pode causar a “perda da capacidade de criar vínculos interpessoais, intergeracionais e interculturais”.
Perante a presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, que recebeu o Papa no aeroporto de Talin, Francisco evocou os “duros momentos de sofrimento e tribulação” da história deste país, que celebra o centenário da sua independência.
O Papa mostrou-se “muito feliz” por estar em Talin, a capital mais setentrional que visitou até hoje, apresentando uma reflexão centrada em duas palavras, “memória e fecundidade”.
“Ser terra de memória significa saber lembrar que o lugar que alcançastes atualmente se deve ao esforço, ao trabalho, ao espírito e à fé dos vossos pais”, declarou.
“Não há alienação pior do que experimentar que não se tem raízes, não se pertence a ninguém. Uma terra será fecunda, um povo dará frutos e será capaz de gerar o amanhã apenas na medida em que dá vida a relações de pertença entre os seus membros”, acrescentou.
A jornalista da Renascença Aura Miguel acompanha o Papa Francisco na sua Viagem Apostólica à Lituânia, Letónia e Estónia com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.