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Análise

“Uma nomeação que honra Portugal”

20 mai, 2018 - 12:52 • Aura Miguel

A escolha de D. António Marto para cardeal é um sinal de que o Papa Francisco quer ver refletido no colégio dos cardeais a sensibilidade portuguesa das igrejas particulares.

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É uma nomeação que honra Portugal que, assim passa a ter dois cardeais eleitores no colégio cardinalício - um número significativo para um país tão pequeno como o nosso.

Importa sublinhar que os dois cardeais sejam diocesanos e não por inerência de cargos na cúria romana: um sinal de que Francisco quer ver refletido no colégio dos cardeais a sensibilidade portuguesa das igrejas particulares.

Para esta escolha não terá sido alheio o facto de D. António Marto ser também responsável pelo Santuário de Fátima. Sabemos que, em várias ocasiões Francisco o recebeu em audiências privadas e como, durante o centenário das aparições, valorizou a sua acção, sobretudo o que se refere à projecção da Mensagem pelo mundo.

Teólogo conceituado e antigo aluno de Ratzinger, D. António Marto fez um percurso académico no Porto, foi bispo auxiliar de Braga e depois bispo de Viseu, antes de Bento XVI o nomear em 2006 para Leiria-Fátima - diocese que, pela primeira vez, passa agora a ter um cardeal.

É membro da Sociedade Científica da Universidade Católica e autor de diversos artigos na área da teologia. Em colaboração com D. Manuel Pelino, escreveu o livro "Catequese para o Povo de Deus", em 2 volumes, para a formação cristã de adultos e, como bispo, escreveu vários livros.

D. António Marto junta-se assim a D. José Saraiva Martins, D. Manuel Monteiro de Castro e D. Manuel Clemente no Colégio Cardinalício.

[Veja aqui o perfil completo do novo cardeal português]

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