Formação de catequistas no centro das preocupações dos bispos

A formação dos catequistas é um dos principais temas que vai ocupar os bispos portugueses, reunidos a partir desta segunda-feira em reunião plenária, em Fátima.

No seu discurso de abertura do encontro, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, deu grande destaque à importância dos catequistas para as comunidades católicas.

“Nem sempre se presta a devida atenção ao facto de a catequese incluir no seu exercício a maior parte do que poderíamos chamar o catolicismo comunitário e ativo no nosso país. Refiro-me às dezenas de milhar de catequistas que – semana após semana, ano após ano – transmitem a crianças, adolescentes, jovens e adultos a fé em Cristo e a vivência eclesial. Merecem-nos um particular reconhecimento e toda a colaboração na sua formação adequada, nas atuais circunstâncias”, disse o também cardeal patriarca de Lisboa.

O Plano de Formação de Catequistas, que os bispos vão debater, tem por base uma série de documentos anteriores da CEP, bem como de Bento XVI e do Papa Francisco, mas centra-se na ideia de que “a catequese não se fica pela transmissão de conteúdos e enunciados. Inclui-os necessariamente, como todo o conhecimento implica. Mas são consequência de algo vivencial e convivente, resultante do encontro com Alguém realmente vivo e testemunhado por quem O encontre e comunique.”

Também na agenda dos bispos está o plano de comunicação social da Igreja. D. Manuel Clemente sublinha que a ideia não passa por tirar nada à “originalidade de cada meio ou de cada grupo”, mas sim fomentar parcerias que facilitem a partilha e divulgação de conteúdos.

Por fim, os bispos vão analisar as respostas ao questionário que foi disponibilizado aos jovens portugueses, com o fim de melhor preparar o sínodo dos bispos que se realiza em outubro, em Roma, dedicado aos jovens.

[Notícia corrigida às 16h46]