Tempo
|
A+ / A-

Faleceu D. António dos Santos. “Diocese da Guarda perde uma grande referência”

27 mar, 2018 - 10:48

O atual bispo da Guarda relembra a obra do bispo emérito, que implementou na diocese “um dinamismo de formação” que permanece.

A+ / A-

A diocese da Guarda “está de luto pela perda de uma grande referência”, diz o atual bispo, D. Manuel Felício sobre a morte do bispo emérito. D. António dos Santos tinha 85 anos e foi bispo 26 anos, durante os quais elaborou uma “vasta e meritória obra” na diocese.

“Entrou nesta diocese em fevereiro de 1980 e a sua preocupação imediata foram as vocações sacerdotais e os seminários”, relembra à Renascença.

“Havia um vazio de mais de uma década de ordenações sacerdotais e por graça de Deus, ele conseguiu ordenar 37 sacerdotes, pelo que a diocese lhe está profundamente grata”, reconhece D. Manuel Felício que considera D. António dos Santos um homem “de grande visão”.

Outra das decisões meritórias que tomou foi a de “restaurar o diaconato permanente, organizando o primeiro grupo de candidatos”, que ainda hoje se mantém no bispado da Guarda e “constitui uma boa realidade na nossa diocese”, afirma D. Manuel Felício.

Para além do “dinamismo de formação” que incutiu na diocese, D. António dos Santos conseguiu trazer para a Guarda “uma comunidade religiosa contemplativa, as Carmelitas, e mandou construir o Mosteiro da Santíssima Trindade” que o atual bispo considera ser “uma mais-valia notável”.

D. António dos Santos nasceu a 14 de abril de 1932, no concelho de Vagos, Aveiro, e foi ordenado presbítero em 1 de julho de 1956, em Albergaria-a-Velha.

Entre 1976 e 1979 exerceu as funções de bispo auxiliar na diocese de Aveiro e em 17 de novembro de 1979 foi nomeado bispo da Guarda, mantendo-se em atividade até 1 de dezembro de 2005, altura em que resignou, por motivos de saúde, tendo sido substituído por D. Manuel Felício.

As cerimónias fúnebres de D. António dos Santos estão agendadas para esta quarta-feira, às 15h00, na Sé da Guarda.

O cortejo fúnebre segue depois para a sua terra natal, na Paróquia de Santo António de Vagos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António Bizarro
    29 mar, 2018 ÍLHAVO 11:10
    Apesar de nos ter deixado, não deixarei de recordar, muito principalmente no dia 14 de Abril de cada ano, pois eu também nasci a 18 de Abril de 1932. Bem haja por tudo o que fez para valorizar a Igreja e o seu povo.

Destaques V+