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​Bispo de Vila Real. “A Festa do Natal deve levar-nos a Jesus”

07 dez, 2017 - 20:44 • Olímpia Mairos

Na sua mensagem de Natal, D. Amândio Tomás denuncia o “esbanjamento, que é grave injustiça a milhões de seres humanos, sem acesso aos bens e sem afecto, numa existência imerecida”.

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O bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás apela na sua mensagem natalícia que é urgente que o Natal “adquira sentido, santidade e dignidade”.

“Peço que espereis e celebreis a vinda de Jesus e não o culto do dinheiro, o narcisismo e a escravidão, porque é Cristo, que devemos celebrar e não o egoísmo, os ídolos e as bugigangas, que distorcem a Vinda do Filho de Deus”, escreve D. Amândio.

Segundo o bispo de Vila Real, “os humanos tornaram-se insensíveis, já não se deixam tocar pelo amor de Deus, pela vinda intermédia de Jesus, que bate à nossa parte e nos convida à fidelidade, à prática do bem e à consagração da própria vida”.

Na sua mensagem, intitulada “O Natal cristão que sonho, me proponho e vos desejo”, D. Amândio afirma que o “Natal tornou-se carnaval” e denuncia “o esbanjamento, que é grave injustiça a milhões de seres humanos, sem acesso aos bens e sem afecto, numa existência imerecida”.

“Esquecem que Jesus veio pregar a Boa Nova aos pobres e para que tenham a vida em abundância. A celebração do Natal e do mistério redentor de Cristo perverteu-se. Já não há Natal do Filho de Deus, na vida concreta e paganizada das pessoas”, lamenta.

“Como falar do Natal, no mundo secularizado, pós-cristão, enredado na fantochada celebrativa do regabofe do prazer divinizado?”, interroga-se o bispo de Vila Real, apontando que “o Natal devia celebrar, exclusivamente, a vinda do Filho de Deus, que se fez carne”.

O bispo de Vila Real lembra que “o Menino Jesus é o centro, é o ponto de referência e a causa da alegria e da festa natalícia” e que “o Natal exige a Páscoa e orienta-se para ela, como saída e oferta de nós mesmos”.

D. Amândio Tomás recorda que o Ano Pastoral diocesano, dedicado à vocação e ao serviço, visa “interpelar e comprometer cada um, na resposta a Deus e na realização da sua vocação, sob a protecção da Mãe de Jesus, que, em Caná, nos pediu, para fazermos o que o Filho pede e, em Fátima, há cem anos, desafiou os pastorinhos a consagrarem-se a Deus, com a íntima e total oferta da própria vida”.

O prelado termina a sua mensagem desejando a todos os diocesanos que Deus Menino encha a todos “de bênçãos e, pelo glorioso mistério da Sua vida, morte e ressurreição” e a todos “conceda a vida eterna e a alegria do Ressuscitado”.

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  • barsanulfo
    07 dez, 2017 alcains 22:24
    Não é por coisa nenhuma, mas a minha festa de Natal, há várias décadas, sempre me tem levado á família, a alguns amigos, e basta assim... esse tal Jesus, é treinador do Zbórdeng e não quero nem ouvir pronunciar o nome dele... Estamos entendidos Sr. Amândio? Obrigado!
  • Eçadekeiroz Beirão
    07 dez, 2017 Coimbra 21:52
    Retirando as referências conotadas com religião (que para ateus convictos, são palavras sem qualquer sentido e fora de qualquer realidade), a mensagem deste senhor, contém afirmações arrojadas e que são, só verdades: "o culto do dinheiro, o narcisismo e a escravidão", "o egoísmo, os ídolos e as bugigangas", “o esbanjamento, que é grave injustiça a milhões de seres humanos, sem acesso aos bens e sem afecto, numa existência imerecida”. “Como falar do Natal, no mundo secularizado, pós-cristão, enredado na fantochada celebrativa do regabofe do prazer divinizado?” . Efectivamente o Natal dos nossos dias, é tudo isso, e muitas mais coisas negativas. Ciente de tudo isso, apetece-me perguntar; Mas então, quem são as pessoas que celebram o Natal ? Parece-me óbvio, que são os CATÓLICOS ! E parece-me óbvio também, que então são os CATÓLICOS, que praticam todas aquelas "inutilidades", e certamente também, imbuídos de todo aquele sentimento piedoso, que os ditos católicos fazem questão exibir.

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