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"Vale sagrado” do Douro recebe congresso internacional de santuários

13 jun, 2017 - 09:00 • Olímpia Mairos

Régua, Vila Real, Lamego e Mêda são as localidades dos trabalhos que vão olhar para todas as culturas, todas as religiões e todos os aspectos religiosos, que vão da prática às implicações culturais e políticas. O congresso pretende estabelecer “uma atmosfera de proximidade entre participantes e as pessoas do Douro".

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Assume-se como uma “experiência única de intercâmbio de informações, pessoas e culturas”. É o IV congresso internacional "Santuários", que começa esta terça-feira e vai prolongar-se até sábado, em quatro localidades, ao longo do vale do Douro.

Trata-se de um encontro que tem como característica principal “estimular e promover a troca de ideias por parte de estudiosos e interessados nos mais diferentes campos do saber”, diz à Renascença a professora da UTAD Mila Fernandes.

A investigadora sublinha que este é um congresso “diferente de todos os outros” porque conta com a participação e o contributo de várias pessoas de diversas áreas, com destaque para a “antropologia, arqueologia, arquitectura, artes plásticas, dança, economia, geologia, história, história das religiões, medicina, música, museologia, paisagem, património material e imaterial, religião, turismo”.

O tema do congresso - "Santuários, cultura, arte, romarias, peregrinações, paisagens, pessoas" - abrange "todas as culturas e todas as religiões e todos os aspectos religiosos, que vão desde a prática da religião, do sagrado até às implicações culturais e políticas” e quer criar “uma atmosfera de proximidade entre todos os participantes e as pessoas do Douro”, realça a arqueóloga.

Na Régua, em Vila Real, em Lamego e na Mêda, locais onde se realiza o evento, os participantes oriundos de Itália, Portugal, Brasil, Grécia, México e Inglaterra terão oportunidade de visitar vários santuários, dialogar entre si e com as pessoas do Douro.

A ideia de realizar o congresso “Santuários” nasceu da vontade de um grupo de investigadores, pertencentes a diversas universidades europeias e brasileiras, de criar uma nova plataforma de diálogo entre as ciências sociais, humanas, exactas, as artes e as diversas expressões do Sagrado ao longo do tempo e nas mais diversas localizações geográficas.

A quarta edição realiza-se na região do Douro que “é já por si só um vale sagrado desde a pré-história e por isso é um território excelente para debatermos e visitarmos alguns sítios”, enfatiza Mila Fernandes.

Uma sessão especial do congresso será dedicada aos “Itinerários Culturais do Conselho da Europa” com especial referência para aqueles ligados ao sagrado.

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