28 mar, 2017 - 11:48
O Papa Francisco apelou à “eliminação” das armas nucleares, numa mensagem divulgada esta terça-feira pelo Vaticano a respeito da conferência sobre o tema promovida pela ONU.
“O objectivo final da eliminação das armas nucleares torna-se tanto um desafio como um imperativo moral e humanitário”, escreve Francisco.
Evocando “preocupações” ligadas ao eventual uso de armamento nuclear por terroristas, o Santo Padre entende ser necessário ir além da proibição das armas nucleares, adoptado estratégias de longo prazo para promover a paz e a estabilidade, que ultrapassem o medo e o isolacionismo.
Representado na conferência da ONU pelo subsecretário das Relações com os Estados, monsenhor Antoine Camilleri, que leu a mensagem do Papa, Francisco defende que “a paz e a estabilidade internacionais não podem ser fundadas sobre um falso sentido de segurança, sobre a ameaça de uma destruição recíproca ou de total aniquilamento, sobre a simples manutenção de um equilíbrio de poder”.
“Estas preocupações são ainda maiores quando levamos em consideração as catastróficas consequências humanas e ambientais que adviriam de qualquer uso de armas nucleares, com efeitos devastadores, indiscriminados e incontroláveis”, adverte o sumo pontífice
O Papa Francisco deixa ainda votos que a conferência das nações unidas dê um contributo eficaz no avanço da ética da paz e da segurança cooperativa multicultural, “de que a humanidade tanto necessita”.
A conferência que decorre até sexta-feira na sede das Nações Unidas tem como fim negociar um instrumento juridicamente vinculante sobre a “proibição das armas nucleares” que conduza à sua total eliminação.
Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia encabeçam o grupo de 40 países que não participarão nas negociações.