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Cáritas de Lisboa apoiou com mais de 641 mil euros pessoas carenciadas em três anos

02 mar, 2017 - 08:55

Relatório conclui que "o fim do período de resgate nunca foi sinónimo do fim do desemprego, da pobreza ou do endividamento", dando conta de que "a situação continua dramática".

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A Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL) distribuiu, em apoios monetários, mais de 641 mil euros a pessoas com dificuldades financeiras, entre 2014 e 2016. O relatório refere que as ajudas em dinheiro, em bens essenciais, acompanhamento processual de pessoas, horas de formação e criação de postos de trabalho, são parte essencial da sua missão.

"Na verdade, o que seria de alguém sem a renda da casa em dia, sem electricidade, gás ou água em casa, sem a medicação necessária ao combate à doença, um simples título de transporte e algum dinheiro?", questiona o mesmo documento.

Assim, lê-se, nos últimos três anos foi distribuído um apoio em dinheiro efectivo de 641.270 euros, com os Grupos de Acção Social a atenderem 3.364 pessoas, tendo sido distribuídos 14.776 euros a pessoas sem acesso a dinheiro algum, enquanto os donativos a particulares totalizaram os 69.700 euros.

O relatório indica ainda que as famílias são apoiadas por mais de 30 paróquias da diocese, o correspondente a 311.966 euros.

As instituições em dificuldade receberam 237.370 euros, com 29 mil horas de formação, tendo abrangido 1.295 voluntários e técnicos, em 51 sessões.

Cerca de 800 pessoas são abrangidas pelos atendimentos feitos directamente pela "Loja Solidária" e receberam roupas, calçado, alimentos, brinquedos e outros materiais disponíveis na loja.

"Só em alimentos, a CDL distribuiu, neste últimos três anos, uma média de 4,5 toneladas, e a colaboração com o Centro Social e Paroquial da Buraca, no combate a carências alimentares, já totaliza os 7.458 euros, desde 2015", refere o relatório.

Quanto ao acompanhamento a imigrantes, foram realizados 2.536 atendimentos a pessoas de mais de 20 nacionalidades, com a intenção de as ajudar a resolver dificuldades na regularização do visto de permanência, na obtenção da nacionalidade portuguesa, na procura de trabalho e no reagrupamento familiar.

A Cáritas sublinha ainda que assume o diferencial em situações em que a Segurança Social não chega, quando as famílias não conseguem pagar pela totalidade de um serviço prestado, seja num lar, creche ou cantina social.

O relatório da Cáritas de Lisboa conclui que "o fim do período de resgate nunca foi sinónimo do fim do desemprego, da pobreza, da austeridade, do endividamento", dando conta de que "a situação continua dramática" para os jovens, mas, sobretudo, para as pessoas entre os 30 e os 60 anos.

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  • Teresa
    02 mar, 2017 lisboa 10:07
    Os que estão bem são os maiores de 65 anos. Tiveram as suas reformas calculadas pelos últimos melhores 10 anos de serviço e sem terem 40 anos de descontos. Todos os outros estão a pagar para estes estarem no bem bom de pantufinhas e férias pagas no Brasil.

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