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China reforça a repressão a cultos religiosos

25 jan, 2017 - 12:31 • João Carlos Malta com Reuters

Quem levar a cabo actividades religiosas em público ou recrutar crianças e funcionários públicos para essas mesmas manifestações e confissões está na mira da lei chinesa. Cristãos têm sido alvo de perseguições, e detenções naquele país asiático.

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A China vai reforçar a repressão ao que chama de seitas com uma nova interpretação legal, conhecida esta quarta-feira, que prevê punições mais severas para grupos religiosos.

O Partido Comunista chinês não tolera desafios a esta regra e defende o princípio da estabilidade social, sendo que para isso defende que as actividades religiosas devem ser alvo de sanções sempre que violem esta regra.

As autoridades têm perseguido o que nomeiam como "seitas", que se têm multiplicado nos anos mais recentes, e algumas manifestações públicas desses grupos têm sido silenciadas com o uso de força e alguns dos seus líderes executados.

A interpretação judicial, publicada pelo Supremo Tribunal e o Ministério Público, lista sete áreas nos quais os infractores enfrentam sanções. Entre as proibições estão a levar a cabo actividades religiosas em público ou recrutar crianças e funcionários públicos para essas mesmas manifestações e confissões.

A China tem sucessivamente refutado as acusações dos grupos de direitos humanos e dos governos ocidentais de tentar restringir as actividades religiosas, mas sublinha que estas devem cumprir a lei.

Em Setembro do ano passado o tribunal mandou prender elementos de um grupo chamado Mentuhui por alegadamente terem estado na origem de mortes, se organizarem em grupo e angariarem dinheiro de forma ilegal.

As perseguições a cristãos na China contam já várias décadas e o grupo não governamental China Aid reportou a perseguição a católicos no cumprimento da lei que torna ilegal no país as manifestações religiosas. Ainda em Outubro e Novembro de 2016 foram detidos na província de Yunnan um número não confirmado de católicos.

As detenções de cristãos, os ataques e a demolição de igrejas são comuns naquele país asiático.

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