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Papa enviou carta a Bashar al-Assad

12 dez, 2016 - 19:24 • com Ecclesia

Francisco recorda condenação do Vaticano a qualquer forma de extremismo e terrorismo

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O presidente da Síria, Bashar al-Assad, recebeu esta segunda-feira uma carta do Papa, na qual Francisco reforça a sua condenação a “qualquer forma de extremismo e terrorismo”.

A informação foi avançada pela agência de notícias oficial Sana, após uma audiência do chefe de Estado sírio ao núncio apostólico cardeal Mario Zenari, representante diplomático da Santa Sé em Damasco.

O Papa, refere a agência oficial, “exprime a sua solidariedade à Síria e ao seu povo, à luz das difíceis circunstâncias do país”, e pede que “se unam todos os esforços para colocar fim à guerra na Síria e restaurar a paz”, a fim de que o país possa ser um “modelo de coexistência entre culturas e religiões”.

Na sua missiva, Francisco apela ainda a que seja respeitado o direito internacional no país, que os civis sejam protegidos e que a ajuda possa chegar a quem mais dela precisa.

Assad tem estado no centro das atenções mundiais, nos últimos meses, por causa da sua campanha - bem sucedida - para controlar a totalidade da cidade de Alepo. Apoiado pela força aérea russa e por milícias xiitas do Irão, do Iraque e do Líbano, o líder Sírio está à beira de expulsar da cidade todos os rebeldes que se opõem ao seu regime. Vários países ocidentais criticam Assad e Moscovo pela ferocidade da sua campanha, que tem causado muitos mortos civis, mas o Governo responde acusando os rebeldes, que classifica como terroristas, de usarem os civis como escudos humanos

Bashar al-Assad, por sua vez, felicitou o núncio Mario Zenari por ter sido criado cardeal e saudou a decisão do Papa de mantê-lo o seu representante diplomático em Damasco.

Segundo a Rádio Vaticano, esta é a primeira vez na história moderna em que um núncio apostólico se mantém no seu posto diplomático após ser criado cardeal.

Este domingo, o Papa tinha alertado para a destruição de Alepo e desafiou a comunidade internacional a fazer uma “escolha de civilização” para pôr fim à guerra, que afecta em particular a parte leste da cidade síria.

Francisco disse que todos os dias está “próximo, sobretudo na oração”, das pessoas de Alepo.

Comentários
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  • Catarina
    13 dez, 2016 Sesimbra 14:23
    Tomam, "vítimas de propaganda enganosa", até o Papa não vãi nela mas
  • Dias
    12 dez, 2016 Lx 23:11
    O Papa devia era mandar uma carta armadilhada, como é possível pactuar com um assassino como assad.
  • Antonio Costa
    12 dez, 2016 Belas 22:26
    "Mário" não tenha medo porque toda a gente sabe, a menos que sejam ignorantes e gostem de o ser" que foram os falcões dos EUA com os seus homens da CIA e com isso ganharam milhões e milhões de dólares e tentaram impedir que os Russos vendessem os seus produtos e tenologia. Esta Guerra da Síria e da Ucrânia deu milhões de milhões de lucros fáceis a esses falcões criminosos do EUA com a venda de armas e outros produtos embora um dos falcões viesse dizer em entrevista que o que venderam à Ucrania é que tem sido e é grande problema porque venderam a crédito e não sabem quando vão receber. O fim da Guerra será mais um desastre para os EUA e só esperamos que a UE quer perdeu muito com as sanções que os EUA não respeitam não continue a embarcar nessa dos embargos à Russia que nos criou problemas na Pecuária e na Agricultura e no Leite que não estão resolvidos. A Europa tem de ver os seus interesses e não dos falcões americanos.
  • Mario
    12 dez, 2016 Portugal 21:38
    Alguém desestabilizou a Síria porque tinha conveniência nisso assim como derrubou o Iraque e a Líbia mas isso não convém dizer é muito perigoso apontar o dedo aos verdadeiros culpados.

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