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Bispo apela ao perdão no funeral do padre degolado em França

02 ago, 2016 - 16:35

A irmã do padre Hamel, pároco de Saint-Étienne-du-Rouvray, diocese de Rouen, recordou que durante a guerra na Argélia ele recusou ser promovido a oficial para nunca ter de dar ordem para matar.

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Foi com um apelo à paz e ao perdão que o padre Jacques Hamel foi recordado, esta terça-feira, na catedral de Rouen, em França, numa missa que antecedeu o seu enterro.

O arcebispo Dominique Lebrun afirmou que era preciso recordar o mandamento do Novo Testamento para amar e perdoar o vizinho. “Por mais brutal, injusta e horrível que tenha sido a morte do Jacques, temos de olhar para o fundo dos nossos corações e procurar a luz”.

O sacerdote francês, de 85 anos, foi degolado no dia 26 de Julho, enquanto celebrava missa na paróquia de Saint-Etienne-du-Rouvray. Os atacantes, dois jovens muçulmanos que tinham jurado fidelidade ao Estado Islâmico, ainda feriram outra pessoa com gravidade antes de serem mortos pelas forças policiais que tomaram a Igreja de assalto.

Durante a missa desta terça-feira a irmã do padre Hamel, Roselyne, tomou a palavra e recordou que o padre chegou a combater na guerra da Argélia, mas que na altura recusou ser promovido a oficial para nunca ter de dar ordens para matar.

Noutra ocasião, recordou a sua irmã, viu-se envolvido num combate feroz no deserto, do qual emergiu como único sobrevivente. “Ele perguntava frequentemente ‘porquê eu’? Hoje, Jacques, nosso irmão e vosso irmão, tens a tua resposta: o Nosso Deus de Amor e de Misericórdia escolheu-te para estar ao serviço dos outros”, disse Roselyne.

Estiveram presentes na missa representantes de outras confissões cristãs e figuras de Estado, incluindo o ministro dos Assuntos Internos, Bernard Cazeneuve.

Comentários
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  • Pinto
    03 ago, 2016 Custoias 01:12
    Mais de 70% dos terroristas envolvidos em atentados em França têm nacionalidade francesa. O primeiro ministro francês disse que o Islão é compatível com a democracia e pede um pacto com os muçulmanos. Isto vai de mal a pior, através da França a Europa irá ter muitos problemas no futuro, o radicalismo irá aumentar na Europa. Os governos irão fazer com que a Europa desaparece tal como a conhecemos, a destruição da sociedade civil já começou à muito tempo enquanto temos andado a dormir para estes assuntos.

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