28 mar, 2016 - 17:34
O padre indiano que foi raptado no Iémen, ao que tudo indica por elementos do Estado Islâmico, pode ainda estar vivo, ao contrário do chegou a ser noticiado.
Começaram a circular nas últimas horas notícias a dar conta da morte do padre Thomas Uzhunnalil que teria sido crucificado na Sexta-feira Santa. A maioria das notícias indicam como fonte o cardeal de Viena, Christoph Schoenborn, que o teria anunciado na vigília pascal, na noite de sábado para domingo.
Contudo, em lado nenhum é indicada a fonte que teria dado essa informação ao cardeal.
O bispo Paul Hinder, vigário apostólico do Sul da Arábia, que inclui o Iémen, diz ter fortes indícios de que o padre Tom, como é conhecido o sacerdote, está vivo. “Não tenho qualquer confirmação de que se tenha passado alguma coisa na noite de Sexta-feira Santa”, afirma, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico "Catholic Herald".
O padre Tom foi raptado no passado dia 4 de Março, quando militantes armados tomaram de assalto o lar das Missionárias da Caridade, onde ele se encontrava a viver desde que a sua igreja paroquial na cidade de Aden foi queimada e pilhada.
No ataque, quatro freiras da ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá foram assassinadas pelos fundamentalistas islâmicos, bem como outras 12 pessoas, incluindo outros cristãos e funcionários do lar.
O padre Tom foi avisado da chegada dos terroristas, mas, em vez de fugir, dirigiu-se à capela para consumir as hóstias consagradas para que estas não fossem profanadas pelos atacantes. A capela e todo o seu conteúdo foram posteriormente destruídos.
Testemunhas viram o sacerdote, que é da ordem dos salesianos, a ser enfiado numa carrinha e levado do local.