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​Papa aponta Menino Jesus como revelador da essência da vida

24 dez, 2015 - 23:12

"Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida”, declarou o Papa, na homilia da Missa do Galo. Francisco considera que o mundo contemporâneo, frequentemente tomado pelo consumo e pelo narcisismo, afasta-nos do essencial e apelou a um maior sentido de justiça e de misericórdia.

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​Papa aponta Menino Jesus como revelador da essência da vida

O Papa disse esta quinta-feira, na homilia da Missa do Galo, celebrada na basílica de São Pedro, que a figura do Menino Jesus é reveladora daquilo que é essencial.

“Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida”, declarou o Papa, convidando os cristãos, face ao nascimento de Cristo, a permanecerem “em silêncio”, deixando “aquele Menino a falar”.

Defendendo a sobriedade, o sentido de justiça e a solidariedade como características essenciais da vida dos cristãos, Francisco apontou que elas características podem ser inspiradas, “bebidas” a partir da figura de Jesus: “Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de identificar e viver o essencial. Num mundo que muitas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que tantas vezes acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida deve ser cheio de piedade, de empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração.”

Na sua homilia, o Papa lembrou ainda que “o Menino” nasceu num estábulo, “na pobreza do mundo”, e que, “a partir deste nada”, surgiu “a luz da glória de Deus”.

“A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene. Deste Menino, que, no seu rosto, traz gravados os traços da bondade, da misericórdia e do amor de Deus Pai, brota – em todos nós, seus discípulos, como ensina o apóstolo Paulo – a vontade de ‘renúncia à impiedade’ e à riqueza do mundo, para vivermos ‘com sobriedade, justiça e piedade’”, declarou Francisco.

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