Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

D. Maurílio de Gouveia. “É preciso repensar a paróquia"

16 nov, 2015 - 10:33 • Rosário Silva

O arcebispo emérito de Évora tem um novo livro. É mais um instrumento de reflexão e catequese sobre a importância da paróquia na vida da Igreja.

A+ / A-

“Uma comunidade de Cristãos: A Paróquia na missão da Igreja” é o título do mais recente livro de D. Maurílio de Gouveia. A nova obra do arcebispo emérito de Évora chama a atenção para a importância da vivência da fé numa comunidade paroquial concreta.

“É necessário valorizar a paróquia, adaptando-a aos novos tempos e com uma ideia essencial: a paróquia, antes de mais nada, é uma comunidade cristã. Cada paróquia forma uma comunidade. Pode não corresponder ao total da população, pode ser uma percentagem pequena, mas aquela é que é a comunidade dos cristãos”, diz D. Maurílio à Renascença.

O arcebispo emérito de Évora.conta que este livro surge de “um impulso do coração” e reflecte a sua experiência desde a infância, no Funchal, até à chegada ao Alentejo. Durante 27 anos como arcebispo de Évora, foi responsável pelo estudo e a elaboração de programas sobre a paróquia. “Tenho a convicção de que a paróquia, volvidos 15 séculos da sua fundação, continua a ser fundamental na vida da Igreja e era importante que se repensasse esta instituição que continua válida”, declara.

Confrontado com alheamento a que muitos cristãos votam as suas paróquias, vivendo a fé de forma isolada, D. Maurílio adverte para que a “ideia de um certo individualismo na fé” pode ser “perigosa”. Justifica o prelado: “Ninguém vive, sozinho, a sua fé. É certo que a fé é um acto pessoal e intransmissível, mas esta resposta pessoal insere-se na nossa condição de seres sociais e por isso precisamos todos de ter esta consciência de que para viver a nossa fé, precisamos de uma comunidade mais próxima ou mais pequena, como a paróquia.”

“Diz-me a experiência” conta ainda, “que há muitas pessoas abertas e desejosas de encontrar respostas para estas questões. Uma das nossas preocupações deve ser o estarmos atentos, sobretudo os sacerdotes e congregar as pessoas que têm essa vontade de encontrar respostas”.

Depois de Vila Viçosa, o livro vai ser ainda apresentado no Funchal, a 26 de Novembro, por D. Francisco Senra Coelho, bispo auxiliar de Braga.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Malaquias
    17 nov, 2015 Belém de judá 21:19
    Aconselho D. Francisco Senra Coelho a ler o livro lá para os lados de Vieira do Minho. Jesus Cristo disse: quem não é por mim é contra mim. Quem não junta espalha. Consta que , lá para os lados de Vieira do Minho, é proibido constituir confrarias. O que fazer a esses quem andam a espalhar? Boa noite e boa resposta.

Destaques V+