12 dez, 2024 - 16:47 • Susana Madureira Martins
A auditoria externa pedida pelo ministro da Educação, após o erro de cálculo assumido sobre a redução do número de alunos sem professor, ainda nem sequer começou e, segundo Fernando Alexandre, está nesta altura “em contratação, vai ser um concurso público, à partida por qualificação prévia”.
O ministro falava esta quarta-feira aos jornalistas, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros e foi questionado sobre o calendário previsível para apresentação de resultados da auditoria que pediu, com "caráter urgente", no final de novembro, sobre o qual não deu qualquer resposta.
O ministro da Educação explicou que fez um despacho a “determinar quais são as dimensões que têm de ser analisadas” pela auditoria e que passam, segundo Fernando Alexandre, pela “análise do sistema de informação e a ligação àquilo que é a medição dos alunos sem aulas”.
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Fernando Alexandre não falou nesta conferência de imprensa no apuramento de responsabilidades pelo erro que assumiu que foi cometido pelos serviços de Educação, preferindo referir-se à necessidade de “medir os alunos sem aulas para medir a perda de aprendizagens”, considerando esta “a grande questão”.
A partir da auditoria, que não tem data de conclusão, o ministro da Educação quer propor o “desenho de uma solução”, sabendo que, neste momento, os serviços não conseguem “medir de forma perfeita” o número de alunos sem professor.
Fernando Alexandre quer apurar que “transformação tem de ser feita no sistema de informação para ter esta medição”, com o ministro a salientar que o Ministério da Educação investe “centenas de milhões de euros” em sistemas de informação.
Mais uma vez, o ministro fez o “mea culpa”, admitindo que “infelizmente, não temos os sistemas de informação com a qualidade que queríamos” e também a esses está a ser feita “há muitos meses” uma outra auditoria que, segundo Fernando Alexandre, está a “terminar”.
A ideia do ministro da Educação é ter um “mapeamento de todos os sistemas de informação do Ministério” para conseguir “depois” ter “indicadores” disponíveis. Mas, segundo o próprio Fernando Alexandre, “isto não se faz de um dia para o outro”.