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"Falsas e graves". Adão e Silva rejeita acusações da ministra da Cultura

11 dez, 2024 - 13:31 • Tomás Anjinho Chagas com Lusa

Antigo ministro responde a Dalila Rodrigues que o acusou de ter feito um "assalto ao poder" no Centro Cultural de Belém. Pedro Adão e Silva fala em "desorientação" critica o "tom e a leviandade" e promete quebrar o silêncio agora que a nova ministra da Cultura o implicou.

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Adão e Silva acusa a ministra da Cultura de ter feito acusações "falsas e graves"
Adão e Silva acusa a ministra da Cultura de ter feito acusações "falsas e graves"

O anterior ministro da Cultura Pedro Adão e Silva espera ser chamado à Assembleia da República, "o mais rapidamente possível", para esclarecer "todas as questões" levantadas esta quarta-feira pela atual titular da pasta, Dalila Rodrigues, em audição parlamentar.

Contactado pela agência Lusa, Pedro Adão e Silva respondeu, por escrito, que não pôde acompanhar a audição parlamentar da ministra da Cultura, por estar ausente do país, mas dos relatos que lhe chegaram regista que Dalila Rodrigues "tem tido como únicas formas de afirmação exonerar dirigentes, desmantelar o trabalho feito e, agora, lançar injúrias graves".

"Essa postura tem sido muito prejudicial para as políticas culturais e explica o abandono que o setor sente, e que tem manifestado", acrescenta Pedro Adão e Silva.

Já esta tarde, em declarações à Renascença, Pedro Adão e Silva classificou as recentes declarações da sua sucessora como "falsas e graves" e critica a "desorientação" do atual Executivo.

"O que temos assistido em quase 9 meses de Governo é desorientação, exonerações, agora também este lado das acusações falsas e graves e ao mesmo tempo o emagrecimento do orçamento da Cultura", desfere o antigo ministro do Governo socialista.

O ex-governante vinca que não tem falado para dar espaço ao novo Governo para fazer o seu trabalho, mas depois da audição de Dalila Rodrigues no Parlamento o cenário muda.

"Tenho mantido o meu silêncio porque acho que era o meu dever enquanto ex-responsável da pasta, mas depois daquilo que foi dito hoje, da leviandade, do tom, do registo totalmente desadequando, sinto-me obrigado a responder", avisa Pedro Adão e Silva.

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues,acusou esta quarta-feira no parlamento o seu antecessor, Pedro Adão e Silva, de ter feito um "assalto ao poder" no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, garantindo "que acabaram os compadrios naquela instituição".

Pedro Adão e Silva disse à Lusa que espera, "o mais rapidamente possível, ser chamado à Assembleia da República, para esclarecer todas as questões, em particular sobre o CCB", uma instituição que encontrou "capturada pelo senhor José Berardo e de costas voltadas para as artes performativas".

Entretanto, o Bloco de Esquerda e o Livre já asseguraram que querem ouvir Pedro Adão e Silva no Parlamento.

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