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O risco do aborto, a prisão de Putin e o não a Cunhal. As entrelinhas de uma entrevista a três

09 dez, 2024 - 07:00 • Ana Kotowicz

Nas vésperas do XXII Congresso do PCP, a Renascença entrevista o secretário-geral Paulo Raimundo, em conjunto com os antigos líderes Carlos Carvalhas e Jerónimo de Sousa. Aqui fica o essencial da entrevista em 11 momentos.

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Todos os artigos, vídeos e áudios da entrevista: O PCP de Carvalhas, Jerónimo e Raimundo


Quando as espigas de centeio balançam com a força do vento, comportam-se de maneira igual? No campo, ao longe, o movimento parece sincronizado, mas à distância de um palmo veem-se as diferenças de cada dança. Carlos Carvalhas, Jerónimo de Sousa, Paulo Raimundo, são todos comunistas. Todos são ortodoxos. E todos, em algum momento, foram chamados de secretário-geral pelos militantes do seu partido.

Lado a lado, na entrevista exclusiva à Renascença que antecipa o XXII Congresso do PCP, é possível ver os diferentes tons que os separam, e que marcam a individualidade, num partido que preza o coletivo.

Paulo Raimundo não cai em armadilhas passadas, com respostas que não comprometem o partido nem o politicamente correto, Jerónimo de Sousa mantém-se defensor da presença nas ruas, ou não fosse ele o secretário-geral que desceu dos palanques para quebrar o gelo do cargo, e Carlos Carvalhas mantém o perfil do economista, intelectual, guardião da pureza do comunismo.

Falam a uma só voz, complementam-se e corrigem-se. Em 11 blocos, aqui fica o essencial da entrevista dos três líderes comunistas.

“Há lobos sem ser na serra”: se a esquerda levar o aborto ao Parlamento corre um risco desnecessário

“Acho que devíamos refletir, todos aqueles que são a favor da interrupção voluntária da gravidez a pedido da mulher, se o momento em que estamos, com a correlação de forças que existe no plano institucional, é o momento apropriado para pôr em causa um valor que está consagrado.”

Paulo Raimundo

O PCP de Carvalhas, Jerónimo e Raimundo. Do 25 de novembro à expulsão dos críticos, da queda eleitoral à “preocupação” com as autárquicas
Entrevista em vídeo: O PCP de Carvalhas, Jerónimo e Raimundo

Discutir o aborto, com a composição atual da Assembleia da República, pode ser um tiro que sai pela culatra dos partidos de esquerda, é a convicção de Paulo Raimundo. Do lado do PCP, deixa claro, não há qualquer vontade de mexer no assunto. Esse revólver é para ficar no armeiro, já que se corre o risco de dar munição à direita, e ver a lei da IVG ser mexida no sentido oposto ao desejado.

De qualquer forma, se as propostas chegarem ao Parlamento, os comunistas acompanharão as que defendem a interrupção, a pedido da mulher, até às 12 semanas. Apesar disso, Raimundo não esconde ter receio de qual será o ponto final neste assunto, já que “há lobos sem ser na serra”. "Estamos aqui para, acima de tudo, não permitir que a propósito de supostos avanços, as coisas andem para trás. Pela correlação de forças de hoje, é tudo para andar para trás. Não é para andar para frente."

Crimes de guerra. Putin e Netanyahu devem ser detidos se passarem por Portugal

“Se Portugal subscreveu o Tribunal Penal Internacional só teria duas hipóteses: ou era hipócrita e cínico -- como se vê na maioria dos países em que se escolhe uns em detrimento de outros --, ou então tem de aplicar aquilo do qual é subscritor, independentemente da avaliação que eu próprio possa fazer sobre o Tribunal Penal Internacional.”

Paulo Raimundo

Sem hesitação na resposta, Paulo Raimundo só quis confirmar uma coisa: se “a outra personagem”, Benjamin Netanyahu, está incluída na pergunta sobre Vladimir Putin. Uma vez que está, o “sim” é válido para os dois. Se há mandados internacionais, e se Portugal é subscritor do Tribunal Penal Internacional, deveria deter quer o político russo quer o israelita numa eventual passagem por Portugal.

Ter um regime como o da Rússia ou da Venezuela em Portugal? “Claro que não”

“Quando referimos esses países, nunca nos referimos num ponto de vista de modelo de democracia. O que nós apontamos a esses países é que fazem frente à tentativa de domínio mundial dos Estados Unidos da América, essa grande democracia, em que o Presidente, inclusivamente decreta que o seu filho não será condenado nem agora nem no futuro.”

Carlos Carvalhas

Não é um “não” assertivo, lembrando o de Bernardino Soares em 2003, mas também não é o seu contrário. À pergunta provocatória -- Rússia, Coreia do Norte, China e Venezuela são democracias? --, Raimundo contra-ataca: “E Irão, Arábia Saudita, Angola, Argentina, Geórgia ou a Moldávia?”

O secretário-geral do PCP prefere dizer que o seu partido “não recebe lições de democracia de ninguém” e que cada um daqueles povos deve “definir o rumo” que o seu país deve tomar. Importar modelos, russos ou outros, para Portugal não lhe agrada. “Claro que não. Nós lutamos durante 48 anos para acabar com o fascismo no nosso país. Somos construtores do regime democrático, da essência do regime democrático.”

O congresso não será televisionado: Carvalhas disse duas vezes não, Jerónimo prepara-se para dizer adeus

“Costumo dizer, não quero menosprezar outros, nem quero fazer comparações, mas um Congresso do PCP não é um espetáculo para as televisões. Não é um sítio onde há fações a degladiarem-se para ver quem é que ganha e quem é o chefe de cada uma das fações. É um processo muito intenso, muito trabalhoso.

Paulo Raimundo

“Nós temos um processo diferente.” Raimundo já o disse e Carvalhas reforça-o. Mesmo não querendo fazer comparações, como todos dizem, acabam por fazê-las. E torna-se evidente que consideram o funcionamento do seu partido mais democrático do que outros.

“No nosso partido é impossível, num Congresso, chegar uma personalidade, entrar por ali dentro, e as televisões irem todas atrás dele, e ele deitar discurso”, diz Carvalhas, deixando transparecer a antipatia que sente sobre outros processos eleitorais. A sua tese casa com a de Raimundo de que “um Congresso do PCP não é um espetáculo para as televisões”: não há arena, nem facções “a degladiarem-se”. Por isso, o processo mantém-se: o partido quer, o comité central escolhe, o secretário-geral nasce. E foi assim com qualquer um dos três, começando com Carvalhas.

“A Comissão Política atribuiu ao camarada Álvaro Cunhal a tarefa de ir avançando na escolha do candidato”, recorda Carvalhas. “Estava muito longe de pensar que me vinham chamar para essa tarefa e posso dizer que na primeira e na segunda conversa, disse que não.”

Um “não” é também a primeira resposta de Jerónimo de Sousa, quando questionado sobre se está disponível para manter-se no Comité Central. “Não, porque naturalmente o partido precisa de um reforço de quadros.” Para si, vislumbra outro futuro: “Teremos de pensar numa tarefa ligeirinha, entre aspas.”

Se o “não” de Carvalhas encontrou uma cortina de ferro em Cunhal, o de Jerónimo faz ricochete em Raimundo: “O Jerónimo nunca disse não a uma tarefa do partido, portanto, se o partido precisar…”

“Enfim, nunca digas nunca”, assente Jerónimo. “Vamos ficar com esta. Nunca digas nunca. É capaz de ser melhor”, diz Raimundo, trancando a conversa.

E se um renovador lhe bater à porta? Todos são bem-vindos, mas…

“Nós estamos numa situação em que todos os que temos são poucos para enfrentar a dramática e exigente situação que temos pela frente. [...] Todos aqueles que olham para o partido como ele é -- com os objetivos que tem, os princípios, funcionamento que tem -- sem surpresas, são todos bem-vindos.”

Paulo Raimundo

A porta não está escancarada, mas fica entreaberta. Os renovadores comunistas, os expulsos e os que saíram pelo seu pé do partido, “são bem-vindos” porque todos os que há “são poucos” para os tempos que se avizinham. Apesar de Raimundo abrir os braços, os três líderes comunistas não suavizam a matriz marxista-leninista do PCP, nem dão mostras de querer abandonar o centralismo democrático

“As coisas poderiam sempre ter acontecido de maneira diferente, mas aconteceram assim. E não é uma questão de arrependimento, a decisão não foi minha, foi do colectivo”, diz Carvalhas. “Gostaria que não se tivesse verificado, mas verificou-se.”

Raimundo recorda que havia membros do partido que “queriam um partido diferente daquilo que ele é, e o partido decidiu que devia ser como é”. Por isso, mesmo sendo bem-vindos, o regresso será ao PCP de sempre. “Aqueles que queriam um partido diferente não podem estar à espera que o partido se ajuste à vontade deles. O partido é o que é.”

Nem beneficiado, nem prejudicado. Carvalhas desafia Chega a adotar a política do PCP sobre salários de militantes

“Teremos à volta de 300 funcionários. Faça um cálculo para perceber o que isto significa. O salário dos funcionários do partido são na média dos salários dos trabalhadores portugueses. [...] Acima do salário mínimo.”

Paulo Raimundo

Foi numa das suas idas ao supermercado, onde “entre um carapau e um frango” faz sessões de esclarecimento, que Jerónimo de Sousa -- o líder operário que começou a abraçar o povo, estilo nunca usado por Cunhal ou Carvalhas, da elite intelectual do partido --, mas foi ali que foi confrontado com o “conforto” financeiro que teria, agora que tem direito à subvenção vitalícia por ter sido deputado da República.

Com as subvenções, tal como com os ordenados de cargos públicos, o PCP mantém a sua política de “nem beneficiado, nem prejudicado”, o que significa que mantêm o salário da sua ocupação original. “O meu salário é o do afinador de máquinas de primeira classe, profissão que mantenho, embora não exerça”, esclarece Jerónimo.

Não é o único que entrega essa espécie de dízimo ao partido: as contas do PCP de 2023, disponíveis no Tribunal de Contas, mostram 818.807,15 euros provenientes de contribuições e candidatos eleitos. As quotas passam os 2,8 milhões de euros (2.842.871,47 euros) -- um valor quase idêntico aos gastos com o pessoal (2.888.231,86 euros).

Estas contas, disse Raimundo, não as sabe de cor. As que sabe são outras: as receitas próprias são cerca de 90% do bolo e é daí que sai o dinheiro para pagar cerca de 300 funcionários, que ganham acima do salário mínimo. Além disso, “uma boa parte da receita do partido” vem da regra de “nem beneficiado, nem prejudicado”, diz Carvalhas. “A questão é não criar a ideia de que vamos fazer disto uma profissão, não há luta para ser deputado, porque vou ganhar melhor.”

Já a subvenção pública anual (no caso do PCP ultrapassa os 800 mil euros) deveria ser menor e o PCP, recorda Raimundo, propôs que fosse reduzida, porque “os partidos têm a obrigação de garantir o seu financiamento.”

No fim da conversa sobre contas, e numa altura em que o Chega criticou a reposição dos salários dos políticos (e afixou no Parlamento várias tarjas), Carlos Carvalhas dirige-se ao partido: “Se o Chega faz o circo que fez, o PCP faz-lhe um desafio: apliquem aos vossos militantes e aos vossos eleitos a regra do PCP de nenhum ser beneficiado nem prejudicado.”

Nas autárquicas há 308 batalhas. Manter 19 câmaras é o objetivo, mas também ganhar Moita e Loures

“Eu ainda sou do tempo em que tivemos maus resultados com as autárquicas e depois tivemos bons resultados com os autárquicas.”

Paulo Raimundo

PCP assume receios com autárquicas. “Quem não está preocupado, está distraído”, diz Raimundo
Vídeo: PCP assume receios com autárquicas. “Quem não está preocupado, está distraído”, diz Raimundo

Quem não está preocupado, está distraído, diz Raimundo, repetindo uma frase de Jerónimo.

Em 2017, o PCP perdeu 10 câmaras municipais, passando a 24. O resultado, que era o pior de sempre, agravou-se em 2021: restaram 19 autarquias aos comunistas, ficando pelo caminho bastiões como Mora, Montemor-o-Novo (distrito de Évora) e Moita (Setúbal) -- que não mudavam de cor desde 1976.

“Se alguém pensa que isto é sempre a cair, nunca foi, nunca será”, defende o secretário-geral, que assume o objetivo de manter as 19 câmaras nas próximas autárquicas e batalhar outras, como Loures ou Moita. Importa ainda ganhar vereações e juntas de freguesia -- porque as autárquicas são “308 eleições” e um “desastre num distrito, no outro pode ser uma estrondosa vitória”, como seria “extraordinária” a eleição de um vereador em Guimarães, ou continuar a aumentar a votação em Almada.

Coligações em Lisboa. CDU está sempre pronta para ter a esquerda no poder autárquico

“Ao viabilizar o Orçamento do Estado, o PS permitiu não só que as políticas erradas fossem para a frente, como permitiu que o Chega e a Iniciativa Liberal, que estão profundamente comprometidos com aquele orçamento, pudessem dar-se ao desplante de votar contra, com a garantia de que ele passava.”

Paulo Raimundo

São duas pontas de um fio do mesmo novelo e não há como separá-las. O PS, com quem o PCP se poderia coligar em Lisboa (poderia?), é o mesmo PS que deixou passar o Orçamento do Estado da AD. E é o mesmo partido que, com a abstenção, deixou avançar em Lisboa o orçamento de Carlos Moedas, ou o mesmo partido que em Setúbal votou contra, ao lado do PSD, o orçamento da CDU -- tudo memórias que Raimundo não esquece.

É por isso que à pergunta sobre uma junção de forças na capital com os socialistas, a resposta de Raimundo é uma abstração. “A CDU, como uma grande força de esquerda do poder autárquico, estará sempre disponível para ter a esquerda no poder autárquico.” E nas entrelinhas lê-se o aviso: quem queira respostas mais concretas, terá de falar com o PS.

Presidenciais 2026. Uma mulher candidata é improvável e há alternativas a Gouveia e Melo

“Temos duas possibilidades: uma intervenção própria, com um candidato que seja apoiado pelo PCP de forma direta e que não exclui que seja homem ou mulher. O PCP, ao contrário do que dizem, não é tão previsível assim, e pode sempre surpreender. Ou criar as condições para um apoio a um candidato (...) que cumpra a Constituição da República.”

Paulo Raimundo

PCP apoia Gouveia e Melo? “Haverá alternativas”, afasta Raimundo
Vídeo: PCP apoia Gouveia e Melo? “Haverá alternativas”, afasta Raimundo

“Não me cheira.” É assim que Jerónimo de Sousa responde quando a pergunta é sobre uma potencial candidata do PCP às presidenciais. Mais do que o género, o PCP prefere olhar para as classes e perguntar, pela voz de Carvalhas, por que motivo não há “um operário na Presidência da República”, lembrando que houve um corticeiro que, pela mão do PCP, chegou a vice-presidente da Assembleia da República (José Vitoriano).

Ser mulher, só, “não é argumento de muita fortaleza”, defende Jerónimo, e Carvalhas esclarece: “Ser mulher só não chega, há mulheres extremamente conservadoras e que apoiam a política de retrocesso”. Apesar disso, todos defendem ser preciso mais mulheres na política e um dos objetivos do PCP é ter 30% delas no Comité Central -- o mesmo peso que têm as militantes no partido.

Sobre o almirante Gouveia e Melo, o potencial candidato a Belém com melhores perspetivas de vitória nas sondagens atuais, Raimundo responde que nunca o ouviu falar sobre a Constituição: “Haverá alternativas.”

Gerigonça 2.0? Situação de 2015 não é repetível

“O que é que aconteceu em 2015? Foi possível encontrar uma maioria que afastasse o PSD e o CDS, mas não era o PSD e o CDS, era o seu projeto de destruição do país, coisa que, pela mão do PS, está aí outra vez.”

Paulo Raimundo

De novo, quando a pergunta passa pela união das esquerdas, a bola segue para o campo do PS. Há alguma hipótese de uma geringonça repetir-se? “Acho que essa é uma pergunta que o Partido Socialista tem muita dificuldade em responder depois daquilo que fez com este Orçamento do Estado”, responde Raimundo.

Carvalhas remata: para o PCP “o fundamental não é o Governo A ou B, é o programa, a política concreta” e o PS tem sido “um travão” na recuperação de direitos dos trabalhadores.

Nem avanço, nem travão. PCP quis evitar uma guerra civil a 25 de novembro

“Nessa altura, creio, não havia WhatsApp, mas havia escutas e não eram poucas, e nós estamos mesmo a ver dois ingénuos na luta clandestina a falarem para o Luís Pessoa e o Jaime Serra a dizer: ‘Olhe, Luís Pessoa, tenho aqui ao meu lado o camarada Álvaro Cunhal.’”

Carlos Carvalhas

Quem deu aos paraquedistas ordem para avançar na madrugada de 25 de Novembro, desencadeando a rea­ção militar do Grupo dos Nove? O falecido major Luís Pessoa alega num documento que foi Jaime Serra, histórico do PCP, quem deu a ordem, não só para começar as movimentações, mas também para travá-las quando percebeu que estas não correriam de feição ao partido. Carlos Carvalhas nega estas revelações feitas no Expresso.

“O Dr. Álvaro Cunhal, nas vésperas do 25 de Novembro, telefonou ao Presidente da República a dizer que o Partido Comunista Português não estava metido em golpes nenhuns e condenava qualquer golpe. Quem conhece o camarada Álvaro Cunhal sabe que ele não avançaria com esta palavra para depois, de manhã, dizer: “Olhem, avancem!”

Se não deu ordem para avançar, o partido também não deu para travar. “O que houve foi a preocupação de evitar uma guerra civil”, diz Carvalhas. Na altura, recorda, “o partido não tinha uma organização tão estreita e tão próxima” como tem hoje. “Havia muitos militantes, mais acirrados, que muitas vezes também jogavam por conta própria.”


Este é um de vários trabalhos que a Renascença publica a propósito de uma longa entrevista aos três secretários-gerais do PCP, Paulo Raimundo, Jerónimo de Sousa e Carlos Carvalhas – que ocupou o cargo depois de Álvaro Cunhal.

Ficha técnica: Cristina Nascimento e Susana Madureira Martins (entrevista), Ana Kotowicz (textos), Ricardo Fortunato, Beatriz Pereira e Catarina Santos (imagem e edição), José Ferreira, Diogo Rosa e José Loureiro (som), Diogo Casinha (edição de som), Tomás Anjinho Chagas (rádio e textos), Pedro Leal, Arsénio Reis e Maria João Cunha (coordenação)

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