05 dez, 2024 - 16:14 • Filipa Ribeiro
A direita juntou-se e aprovou a comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da Efacec. Chega e PSD já tinham anunciado o voto favor da proposta da Iniciativa Liberal que foi aprovada com votos a favor da direita à esquerda e apenas voto contra do PS.
Em causa está uma auditoria de setembro do Tribunal de Contas (TdC) que indica que a nacionalização da Efacec e a sua reprivatização pode custar ao Estado 564 milhões de euros.
O deputado da Iniciativa Liberal - partido que propôs a CPI - Carlos Guimarães Pinto afirma que certamente serão ouvidos "todos os governantes que estiveram envolvidos e que tutelaram a gestão" da Efacec por considerar que é essencial esclarecer "se se andou a desperdiçar dinheiro". O deputado da IL admite que a lista de audições terá ainda outras pessoas.
Esta quinta feira, aos jornalistas, Carlos Guimarães Pinto recorda que a CPI "não vai acontecer nas próximas semanas" e que ainda se irá fazer uma lista completa para os pedidos de audição".
A nacionalização da Efacec decorreu em 2020, com o Governo liderado por António Costa do PS. No debate desta quarta-feira, o deputado do PS, André Pinotes reconheceu que "nem tudo correu bem "mas adiantou que o país não concorda com a constituição de uma CPI" porque a empresa está melhor e "porque a atuação da tutela dos antigos governantes é facilmente escrutinável".
Despois do Caso das Gémeas e da gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, esta é a terceira Comissão Parlamentar de Inquérito aberta na atual legislatura.
Já durante o debate de quarta feira, o deputado Carlos Guimarães Pinto da Iniciativa Liberal que apresentou a proposta, indicou que a abertura da nova comissão parlamentar de inquérito se justifica uma vez que a Efacec custou "cinco vezes mais do que os prejuízos da Santa Casa, que justificaram uma comissão parlamentar de inquérito. E 140 vezes mais do que o custo do tratamento das gémeas que justificou outra comissão parlamentar de inquérito" defendendo que é altura de se perceber "exatamente o que aconteceu na Efacec".