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A ​Semana de Nuno Botelho

Presidenciais. Almirante e Mendes “inevitáveis”, Seguro “muito forte”

30 nov, 2024 - 12:00 • Hugo Monteiro

Comentador da Renascença escolhe como "Norte da semana" o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. O "Desnorte da semana" é a manifestação do Chega no Porto.

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Nuno Botelho prevê uma renhida campanha eleitoral para as presidenciais, com um “cenário muito dividido”.

O presidente da Associação Comercial do Porto antevê uma corrida a Belém com três candidatos principais: Gouveia e Melo, Marques Mendes e António José Seguro.

No espaço semanal de comentário na Renascença, Nuno Botelho diz compreender o facto de estarem a surgir muitos nomes de possíveis candidatos, por haver a perceção de que o próximo Presidente da República irá ter um importante papel a desempenhar.

Entre eles, o almirante Gouveia Melo aparece, para Botelho, como um candidato “inevitável”, que pode entrar “muito bem no eleitorado de centro-direita e de centro-esquerda", pelo que “irá criar muitos problemas quer a PSD, quer ao PS e aos seus eventuais candidatos”.

“Tem uma imagem de muita simpatia, granjeada na forma como combateu a questão da pandemia” e está a “cimentar, de forma muito inteligente”, a imagem de “independência relativamente aos partidos”.

À esquerda, na área do PS, Nuno Botelho diz que “António José Seguro é um nome muito forte”, com uma imagem de “ponderação e de algum equilíbrio”.

“Não vejo grandes possibilidades, por exemplo, para Mário Centeno e, pelo contrário, António José Seguro parece-me um nome bem mais forte”, sublinha o presidente da Associação Comercial do Porto.

Por sua vez, à direita, no espectro do PSD, Marques Mendes “é quase uma inevitabilidade”, com Luís Montenegro a “já ter dado a entender isso mesmo de forma bastante clara”.

Nuno Botelho antecipa uma campanha eleitoral para as presidenciais “muito renhida”, com um “cenário muito dividido”. “Vamos ver, no meio disto tudo, como é que o Chega se vai posicionar”, conclui.

Norte da semana

Cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah: “Este acordo, mediado pela França e pelos Estados Unidos, é crucial. É fundamental. E foi uma decisão praticamente unânime do Conselho de Segurança israelita. Só teve um voto contra, o que mostra que, de facto, os israelitas deram aqui passos muito significativos no sentido de acolher esta proposta. É também interessante para Joe Biden que acredita, claramente, que o cessar-fogo vai durar para além destes 60 dias e quer sair, do seu mandato, com este trunfo. É ainda uma boa notícia para o mundo e para aquela região. Espero que isso se estenda a outras partes daquele conflito.”

Desnorte da semana

Manifestação do Chega no Porto e a associação direta entre o aumento da criminalidade a imigração descontrolada: “Associar os dois fenómenos é um erro. Não é verdade e é muito perigoso. Portugal precisa de imigração e os empresários portugueses precisam de imigrantes. A imigração pode ser uma coisa positiva, pode alavancar a economia do país, mas deve ser feita, obviamente, com controlo e com medidas concretas. A questão da da insegurança e da violência deve ser combatida pelas forças de segurança. Tal como, aliás, esta semana, o Primeiro-Ministro anunciou medidas concretas, como o reforço de visibilidade e o reforço de meios. Mas, também o Chega pode dar aqui um contributo muito significativo, se quiser, com legislação que permita, por exemplo, fazer e alterar leis no Parlamento do combate ao tráfico de droga. É aí que, de facto, a criminalidade se está a verificar. É ao tráfico de droga que nós temos de fazer guerra.”

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