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JPP a favor de moção de censura. Governo da Madeira pode cair

13 nov, 2024 - 21:31 • Manuela Pires e Ricardo Vieira

Governo do social-democrata Miguel Albuquerque será derrubado, com os votos de JPP, PS e Chega.

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Os deputados do Juntos pelo Povo (JPP) têm luz verde para votar a favor de moção de censura ao governo regional da Madeira. A decisão foi aprovada esta quarta-feira, por unanimidade, pelos militantes do partido.

Em comunicado enviado à Renascença, o Juntos pelo Povo, que tem nove deputados no parlamento regional, indica que a decisão final vai ser tomada pela comissão política do partido.

Com os votos a favor do PS Madeira, do Juntos pelo Povo e dos quatro deputados do Chega, a moção de censura é aprovada e o Governo de Miguel Albuquerque cai.

A iniciativa partiu do Chega. Na quarta-feira passada, o grupo parlamentar entregou uma moção de censura ao Governo Regional liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

O líder da estrutura regional do Chega, Miguel Castro, exigiu a demissão do chefe do executivo madeirense, que descreveu como um "entrave".

Miguel Castro justificou a decisão de apresentar a moção também com o facto de quatro secretários regionais serem arguidos em processos judiciais. "Com Miguel Albuquerque não!", reforçou.

O Partido Socialista juntou-se ao Chega e anunciou que vai votar a favor da moção de censura. A decisão foi tomada por unanimidade na reunião da comissão política regional e anunciada por Paulo Cafôfo, que justifica a decisão em nome da coerência.

“O voto é favorável e significa isto que o Partido Socialista tem uma coerência na sua ação, porque nós não poderíamos, nem vamos, segurar este governo de Miguel Albuquerque” anunciou Paulo Cafôfo.

Por seu lado, Miguel Albuquerque garante que não se demite, nem do governo nem do PSD Madeira, e que se a moção de censura for aprovada, a única saída é a convocação de eleições. O presidente do governo regional disse ainda aos jornalistas que conta com o apoio do partido e que não vaio fazer qualquer remodelação do governo regional.

O social-democrata venceu as eleições antecipadas de 26 de maio deste ano, sem maioria, naquele que foi o pior resultado do PSD desde 1976. No discurso de vitória, disse estar disponível para dialogar com todos os partidos.

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