12 nov, 2024 - 18:06 • Filipa Ribeiro
O ministro dos Assuntos Parlamentares confessa "surpresa" com a eleição de Alberto Arons de Carvalho (militante e antigo dirigente do PS) para a presidência do Conselho Geral Independente da RTP. Pedro Duarte diz que o "Conselho Geral Independente estava sem presidente há anos (...) e de repente, internamente, sem se perceber porquê neste timing, é eleito o novo presidente".
O ministro sublinha que a RTP "precisa de paz social e estabilidade" e que o "Conselho Geral Independente da RTP deve ser fonte de moderação". Pedro Duarte compreende que o perfil deve ser um "que lute por menos militantismo e por mais moderação" realçando que a RTP "deve olhar para mais modernidade e não para o ultraconservadorismo agarrado ao passado".
A eleição de Alberto Arons de Carvalho foi conhecida esta segunda-feira. O ministro dos Assuntos Parlamentares admite que pode haver uma razão, mas diz que não lhe foi "comunicada essa ideia".
O debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 com o ministro dos Assuntos Parlamentares focou-se, essencialmente, no Plano de Ação do Governo para a Comunicação, com especial atenção para as medidas anunciadas para a RTP.
Questionado sobre se vai ou não desistir no fim da publicidade no canal público, o ministro voltou a defender que o "fim da publicidade é uma oportunidade para a RTP chamar mais públicos".
Pedro Duarte realça que o Governo não quer uma RTP "obesa", mas "ágil e musculada". O ministro dos Assuntos Parlamentares reforça a necessidade de modernizar o canal público uma vez que "não pode transformar-se em museu".
O governante acusou ainda o PS e os anteriores governos socialistas de terem olhado para a RTP com "desprezo em estado de morte lenta".