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Madeira

JPP decide sentido de voto na moção de censura até domingo

10 nov, 2024 - 13:11 • Ana Kotowicz

Partido reúne militantes na quarta-feira e direção no domingo. Na moção de censura, o sentido de voto dos nove deputados do Juntos Pelo Povo é decisivo.

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Primeiro os militantes, depois a direção do partido. Durante a próxima semana, o Juntos Pelo Povo decide qual o sentido de voto dos seus nove deputados quando a moção de censura do Chega for votada na Assembleia Regional da Madeira a 18 de novembro.

"A matriz do JPP foi a de procurar ouvir e auscultar os seus militantes, sempre que a conjuntura e o tempo o permitiram. É isso que vamos fazer esta semana. A meio da semana vamos reunir os nossos militantes em plenário para analisar a situação e no próximo domingo dia 17 de novembro ouviremos a Comissão Política Nacional", esclarece, em comunicado enviado à Renascença o partido encabeçado por Élvio Sousa.

Na quarta-feira, o Chega/Madeira anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque. O motivo? Cinco elementos do executivo regional são arguidos em processos suspeitos de corrupção.

Por mais do que uma vez, Albuquerque disse que não se vai demitir, apesar da moção de censura. "Se for preciso vou outra vez a eleições", afirmou no sábado.

Já Paulo Cafôfo, líder do PS-Madeira anunciou na noite de sábado que o partido vai votar a favor da moção de censura, posição idêntica à da Iniciativa Liberal. Por decidir está o sentido de voto do JPP e o CDS-PP, que reúnem as respetivas comissões políticas regionais nos próximos dias.

Olhos e os ouvidos abertos, a boca fechada

"Há que manter os olhos e os ouvidos bem abertos, e a boca bem fechada", lê-se no comunicado do JPP, que atira críticas ao Chega e a todos os partidos que garantiam que havia estabilidade política na Madeira.

"Fica claro o seguinte: o maior fiador do Governo retira confiança ao PSD", sublinha o partido na sua nota de imprensa.

"E ao contrário daquilo que alguma 'orquestra mercenária' deseja fazer passar, a confusão e a instabilidade foi gerada no seio do PSD, do Chega e de todos os fiadores que convenceram o Representante da República, em maio deste ano, que estava tudo controlado. Que havia garantias de “estabilidade política e a governabilidade”, acrescenta o partido no comunicado.

O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, considerou este domingo que apresentar uma moção de censura "é normal" numa democracia, mas pediu "serenidade" até que a Assembleia Legislativa decida sobre o assunto.

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