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Madeira

Miguel Albuquerque: "Podem pedir, que não me demito"

09 nov, 2024 - 13:48 • Manuela Pires

O líder do governo regional reuniu esta manhã a comissão política do PSD e garante que não se demite nem do governo nem da liderança do PSD Madeira. E para os que o criticam diz apenas que "é um expediente para os incendiários tomarem conta da floresta".

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“Não me demito.” Miguel Albuquerque refaz o aviso, que já tinha deixado na véspera, e diz que não vai abandonar o governo regional nem a liderança do PSD Madeira.

“Podem pedir, mas eu não vou sair porque tenho a comissão regional comigo”, diz Albuquerque, numa mensagem para os críticos internos e, para quem exige a demissão do governo, responde que isso seria uma fraude para com o voto dos madeirenses.

“Isso seria uma fraude e é uma tentativa de enfraquecer o partido por dentro. Se pensam que eu vou sair para pôr um líder provisório para depois deitarem abaixo e conquistarem o poder, estão enganados. Estou aqui para dar a cara e não me demito”, avisa Miguel Albuquerque a quem pede a sua saída do governo regional.

No final da reunião da comissão política do PSD, que durou duas horas, para analisar a situação política na sequência da apresentação da moção de censura do Chega, Miguel Albuquerque avisou que o PSD não vai entregar o poder e se a moção for aprovada, cabe aos madeirenses decidirem nas urnas o futuro da região.

“O PSD Madeira está preparado para qualquer cenário. Quem determina o governo da Madeira é o povo através de eleições democráticas, não é através de golpes parlamentares nem de golpes partidários que o PSD alguma vez entregará irá o poder”, disse Miguel Albuquerque no final da reunião da comissão politica do PSD-M.

Em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque apelou ainda ao Partido Socialista para não viabilizar a moção de censura do Chega que vai a votos no dia 18 de novembro, considerando mesmo que o texto da moção é mais crítico para o PS do que para o governo regional.

“O grotesco da situação é o PS votar uma moção onde o líder do PS Madeira é apelidado de incompetente. E, mesmo assim, diz que vai votar essa moção, onde Paulo Cafofo é mais criticado do que o PSD Madeira”, refere Miguel Albuquerque.

O líder do governo regional, que foi eleito nas eleições regionais de maio, considera que a atitude do Chega — que apresentou a moção de censura — é “rocambolesca e inoportuna, é para criar instabilidade política, já teve consequências porque cancelou a cimeira com os Açores e o governo da república”.

No texto da moção, o Chega invoca as investigações que envolvem cinco governantes regionais e considera que as suspeitas revelam uma “teia organizada de cumplicidade” que visa “maximizar os lucros pessoais em detrimento do bem comum”.

Questionado sobre estes casos, Miguel Albuquerque diz que mantém a confiança em todos os membros do seu governo e diz que não vai fazer qualquer reestruturação no governo.

“Se a tática é meterem processos contra o governo para os secretários serem ouvidos e, de cada vez que é ouvido, cai um secretário, não há governo em Portugal que aguente nem em nenhuma região”, diz. “Não há nenhum facto nem ato que eu possa imputar a titular de cargo público de qualquer situação de irregularidade. Isto é um expediente para os incendiários tomarem conta da floresta”, remata Miguel Albuquerque.

Comentários
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  • ze
    09 nov, 2024 aldeia 20:30
    Esta "gentinha" não sabe a altura de sair,agarram-se ao poder e depois mesmo de tanta contestação,não tem inteligência para parar e pensar.
  • EU
    09 nov, 2024 PORTUGAL 19:08
    Há 50 anos, Marcelo Caetano também na primeira abordagem terá dito " NÃO ME DEMITO ", não é verdade? Depois, bem, depois FOI DEPOSTO, não é verdade? E é isto POLÍTICA..........

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