07 nov, 2024 - 17:46 • Pedro Mesquita
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admite ter que reforçar o investimento na Defesa, acima dos 2% do Produto Interno Bruto (PIB), já antecipados para 2029.
Na sequência da eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, Luís Montenegro acredita que irá aumentar a pressão da NATO, com vista a um reforço - ainda maior - do investimento na Defesa.
“Nós temos todo o interesse em reforçar o nosso investimento em Defesa, porque essa é também uma defesa de nós próprios”, declarou o chefe do Governo português.
Montenegro sublinha que já na última reunião da NATO assumiu “o compromisso de antecipar para 2029 atingirmos um volume de despesa na Defesa de 2% do Produto Interno Bruto”.
O primeiro-ministro vai mais longe e admite a possibilidade de “reforçar esse objetivo”. “Não tenho dúvidas de que essa pressão vai existir da parte dos nossos aliados”, sublinhou.
Quanto ao regresso de Donald Trump à Casa Branca, Montenegro diz que a “democracia funcionou” e a vontade dos norte-americanos tem que ser “respeitada”.
“Do ponto de vista bilateral temos todo o interesse em continuar a aprofundar a nossa relação com os Estados Unidos da América. Do ponto de vista económico, cultural e até histórico temos uma relação muito profunda, temos uma grande comunidade nos EUA e temos cada vez mais americanos a visitar e a investir em Portugal”, salientou o primeiro-ministro, à entrada para o Conselho Europeu informal, de Budapeste.