Governo quer saber qual o impacto da disciplina de cidadania nos alunos

05 nov, 2024 - 15:28 • Manuela Pires

O Ministério da Educação reafirma que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento não vai sair dos currículos escolares.

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Governo quer saber qual o impacto da disciplina de cidadania nos alunos, diz secretário de Estado da Educação, Alexandre Homem Cristo. Foto: António Cotrim/Lusa

O Ministério da Educação quer saber qual é o efeito que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento está a ter no comportamento cívico dos alunos e, por isso, Portugal vai participar num estudo que, a nível internacional, vai ter acesso a dados comparados sobre o impacto destas aprendizagens. A revelação foi feita esta tarde no Parlamento pelo secretário de Estado adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, durante a audição sobre o Orçamento do Estado.

“Não existem dados que nos digam o impacto positivo ou negativo. Não há indicadores fiáveis sobre o efeito que a disciplina está a ter nas perceções e nos comportamentos dos alunos”, diz Alexandre Homem Cristo, que explica que este estudo, sob a sigla ICCS, é, no fundo, "uma avaliação internacional". "No próximo ciclo desta avaliação, que será em 2027, Portugal já irá participar e, portanto, pela primeira vez teremos dados comparados a nível internacional sobre as perceções e o comportamento do ponto de vista de cidadania e comportamento cívico que os alunos têm no sistema educativo português”, acrescenta.

Na resposta à última ronda de perguntas e a uma questão levantada pelo Partido Socialista, o governante reconheceu que a disciplina gera debate na sociedade, que vai ser, tal como as outras, alvo de avaliação no processo de revisão das aprendizagens essenciais, mas que não vai desaparecer do horário.

“A disciplina da Cidadania e Desenvolvimento é uma disciplina como as outras, no sentido em que vai ser alvo desta avaliação. Não é uma disciplina que tenhamos como ambição retirar das matrizes curriculares e do currículo português”, assegura.

No encerramento do congresso do PSD em Braga, Luís Montenegro anunciou a intenção do Governo de rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

“Vamos reforçar o cultivo dos valores constitucionais e libertar esta disciplina das amarras a projetos ideológicos ou de fação”, prometeu, naquela que foi a passagem mais aplaudida do seu discurso final.

A disciplina de Cidadania e Desenvolvimento foi criada em 2017, na altura ainda em fase-piloto e alargada depois a todas as escolas no ano letivo 2018/2019, sendo obrigatória para os 2.º e 3.º ciclos, enquanto no 1.º ciclo e secundário os temas são tratados de forma transversal.

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Anastácio Lopes
07 nov, 2024 Lisboa 09:42
E muito fácil saber que o impacto da disciplina de CIDADANIA é nulo, pois quando o próprio PM nunca nos provou até hoje, 07/11/2024, ter cidadania alguma para com os trabalhadores DEFICIENTES licenciados, continuando a impedi-los de ingressarem na carreira de Técnico Superior e assim, de se valorizarem profissionalmente, nunca dando o exemplo que devia dar ao povo, este mesmo povo, cada vez mais pobre, egoísta e indiferente ao sofrimento dos outros, que cidadania poderá algum dia ter enquanto os políticos não a provarem ter como até hoje todos o fizeram? Que cidadania pode ter um Governo e todos o que dele fazem parte, quando continuam, ano após ano, a imporem-nos aumentos na base da percentagem e assim a empurrarem uma grande parte da população para as pobreza e miséria? É isto cidadania nalgum canto do mundo? Que cidadania e coerência, além da responsabilidade provam estes alegados políticos nunca terem, quando nos querem fazer crer que sabem tudo mas não olham a meios para atingirem os seus fins com as suas realizações profissionais através das carreiras políticas, realizações profissionais estas que há mais de 40 anos impedem os trabalhadores DEFICIENTES e LICENCIADOS de terem? Quando é que estes mesmos políticos PM e PR incluídos, fazem algo para reduzirem a pobreza no pais, parando de vez com os aumentos na base da percentagem como ainda o OE/25 prevê mais uma vez? Serão estas indignantes decisões políticas que o Governo e quem o dirige nos prova ter alguma cidadania?