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Chega quer Paulo Rangel no parlamento para explicar alegadas ofensas ao Chefe da Força Aérea

23 out, 2024 - 12:36 • Lusa

O alegado episódio ocorreu no dia 4 de outubro, em Figo Maduro, na chegada do voo de repatriamento de portugueses do Líbano.

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O Chega quer que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, preste esclarecimentos no parlamento sobre alegadas ofensas dirigidas ao Chefe de Estado-Maior da Força Aérea e outros militares em Figo Maduro, segundo um requerimento divulgado esta quarta-feira.

"Foi com profunda preocupação que tomamos conhecimento, através de relatos recentes na imprensa, do comportamento inapropriado do senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante um incidente ocorrido no Aeródromo Militar de Figo Maduro, onde foram dirigidos gritos e ofensas ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, e a outros militares em serviço", sustenta o Chega no requerimento.

O pedido de audição é subscrito pelo líder parlamentar, Pedro Pinto, e pelos deputados Nuno Simões de Melo, Henrique de Freitas e Nuno Gabriel.

Para os parlamentares do Chega, o alegado episódio, que começou por ser noticiado há cerca de uma semana pelo jornal Tal & Qual e foi posteriormente descrito em meios como o Correio da Manhã e a televisão CNN/TVI, "compromete a imagem de um membro do Governo, como também atinge a relação de respeito que deve existir entre as autoridades políticas e as Forças Armadas".

"O comportamento descontrolado do senhor ministro, ao tentar contornar normas de segurança militar e desrespeitar as ordens dos militares que cumpriam o seu dever, é inaceitável e compromete a autoridade, disciplina e dignidade das próprias Forças Armadas, instituição basilar da nossa soberania e defesa nacional", argumentam.

O Chega quer que Paulo Rangel "preste esclarecimentos urgentes sobre o sucedido, justificando o seu comportamento e explicando de que forma pretende salvaguardar o respeito institucional necessário entre o Governo e as Forças Armadas".

O alegado episódio ocorreu no dia 4 de outubro, em Figo Maduro, na chegada do voo de repatriamento de portugueses do Líbano.

A agência Lusa tentou confirmar os alegados acontecimentos junto da Força Aérea mas fonte oficial do ramo escusou-se a comentar.

No Congresso do PSD, que decorreu no passado fim de semana, em declarações à CNN/TVI, Paulo Rangel também não quis comentar: "Não vou estar a comentar um não assunto. Estar a alimentar essa novela não faz sentido absolutamente nenhum. Comigo, pelo meu sentido de estado, por aquilo que é a minha história, não contarão comigo para falar desse assunto".

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