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​Educação

“Disciplina de Cidadania não é um problema das escolas, é um problema dos políticos”

21 out, 2024 - 00:46 • Alexandre Abrantes Neves

Diretores escolares pedem um “pacto na Educação” para evitar mudanças nos currículos e na avaliação externa sempre que muda a cor política do Governo.

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Filinto Lima sobre mudanças na Disciplina de Cidadania

“A disciplina de Cidadania e Desenvolvimento não é um problema das escolas, é um problema dos políticos”, afirma o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Em declarações à Renascença, Filinto Lima reage ao anúncio do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que quer libertar a disciplina do que considera ser amarras ideológicas.

Em relação à Cidadania e Desenvolvimento, o presidente da ANDAEP começa por referir que direitos humanos, educação ambiental e bem-estar animal “são temáticas consensualizadas na sociedade portuguesa”.

“A única temática dentro desta disciplina que poderá ser mais discutida - e é discutida muitas vezes -, é a sexualidade”, admite Filinto Lima.

Os diretores escolares pedem um “pacto na Educação” para evitar mudanças sempre que muda a cor política do Governo, o que provoca “confusão” na escola.

“Qualquer partido quando chega ao Governo, seja de esquerda ou de direita, tem sempre a tentação de mexer no currículo e na avaliação externa. Como em Portugal reina a alternância democrática, ora temos no Governo um partido de esquerda ora de direita, essas duas temáticas são sempre as primeiras prioridades de mudança, o que não é bom para as escolas, porque gera confusão junto dos professores e dos pais”, afirma.

“Isso devia ser evitado através de um pacto na Educação entre os principais partidos políticos, para que o currículo e a avaliação externa possam perdurar”, defende Filinto Lima.

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  • Anastácio Lopes
    22 out, 2024 Lisboa 09:00
    Não sendo um problema exclusivo dos políticos, é pela falta de cidadania dos políticos e das suas decisões e omissões que todos, uns mais do que os outros, somos vítimas dessa total ausência de cidadania política, pois se assim não fosse, há muito que os aumentos anuais tinham deixado de ser na base da percentagem e ainda hoje assim se mantêm para mal dos portugueses, há muito que homicídios profissionais cometidos pelo Estado sobre trabalhadores DEFICIENTES e LICENCIADOS rinham terminado e ainda hoje se mantêm, desde sempre que nunca tínhamos tido pseudo sindicatos totalmente politizados a apregoar defenderem quem trabalha e ainda hoje como nunca o fizeram ao aceitarem aumentos diferenciados na base da percentagem para quem dizem defender, sendo dos principais responsáveis pelas pobreza e miséria reinante no país, há muito que teria deixado de existir a hipocrisia e demagogia por parte dos políticos atuais e passados, quando afirmam, quando lhes dá jeito, QUE NINGUÉM FICARÁ PARA TRÁS e o que é que assistimos diariamente, precisamente ao seu inverso, com cada vez mais pobres e na miséria, os problemas do país a agravarem-se e nunca resolvidos, a existirem portugueses de primeira e de segunda como se não tivessem o PRINCÍPIO DA IGUALDADE para respeitarem, etc. Perante todo este conjunto de faz de conta que existe cidadania por parte dos políticos que só nos conhecem quando do nosso voto precisam, para que precisam os portugueses e o país destes fingidos políticos?
  • Anastácio Lopes
    21 out, 2024 Lisboa 07:33
    Cidadania é algo que sempre faltou e falta aos políticos portugueses, incluindo os PR e PM, portanto não se compreende que o PM que nunca provou ter cidadania alguma para com os trabalhadores DEFICIENTES que ainda no seu reinado, continuam a ser vítimas de reais homicídios profissionais na Administração Pública, sendo impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior e assim de evoluírem profissionalmente, o que tendo sido dado a conhecer ao Gabinete deste PM o sentido de cidadania do mesmo até hoje nunca existiu, fazendo-se ignorante destas vergonhas nacionais, nada tendo feito para pôr fim às mesmas e ao sofrimento dos que, apesar das suas limitações, terminaram um curso superior num país de analfabetos mas apesar disso a recompensa que recebem do Estado português há décadas é serem permanentemente impedidos de evoluírem profissionalmente, vendo as suas carreiras profissionais queimadas num país que subscreveu a Declaração Universal dos Direitos Humanos que nunca respeitou, como este vergonhoso exemplo disso faz prova, ontem, hoje e amanhã.

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