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Equipas "multiforça"? ​Sindicato da PSP tem reservas sobre anúncio de Montenegro

20 out, 2024 - 22:52 • Alexandre Abrantes Neves

"Não me parece que nem os profissionais da PSP vão aceitar muito bem aceitar ordens de uma estrutura militar, nem os militares receber ordens de uma estrutura civil", afirma Armando Ferreira, do Sinapol.

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O Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) mostra reservas sobre a criação de equipas “multiforça”, para combater a criminalidade violenta, o tráfico de droga e de seres humanos e a imigração ilegal.

A medida foi apresentada este domingo pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no encerramento do 42.º Congresso do PSD, em Braga.

Em declarações à Renascença, Armando Ferreira, do Sinapol, duvida que a medida convença os profissionais das forças de segurança.

Uma força militar não é igual a uma força civil. Os polícias alertam que a criação de “equipas multiforça” para reduzir a criminalidade pode não ser eficaz.

A verdade é que uma estrutura de comando civil é completamente diferente de uma estrutura de comando militar. Não me parece que nem os profissionais da PSP vão aceitar muito bem aceitar ordens de uma estrutura militar, nem os militares receber ordens de uma estrutura civil. Há aqui algo que o sr. primeiro-ministro vai ter que tentar arranjar forma de resolver”, diz o sindicalista.

Já sobre o reforço da videovigilância, Armando Ferreira aplaude a medida, mas ressalva que exige um reforço de recursos humanos.

No encerramento do Congresso do PSD, Luís Montenegro anunciou a criação de equipas “multiforça”, envolvendo a Polícia Judiciária, PSP, GNR, Autoridade para as Condições do Trabalho e Autoridade Tributária, coordenadas pelo Sistema de Segurança Interna, para “combater sem tréguas a criminalidade violenta, o tráfico de droga e de seres humanos e a imigração ilegal”.

O primeiro-ministro e líder social-democrata anunciou também o aumento “da visibilidade da polícia na rua” e a instalação, “com maior abrangência”, de videovigilância nas ruas do país.

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