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PS preocupado com a pobreza em Portugal lamenta "silêncio" do Governo

17 out, 2024 - 06:12 • Lusa com Redação

Deputados do PS pediram ao Governo que faça um ponto de situação sobre a implementação das estratégias de combate à pobreza e exclusão, criticando a proposta orçamental apresentada pelo Governo nessas matérias.

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O Grupo Parlamentar do PS pediu ao Governo que faça um ponto de situação sobre a implementação das estratégias de combate à pobreza e exclusão, criticando a proposta orçamental apresentada pelo Governo nessas matérias.

Numa nota enviada à comunicação social, o PS frisa que "há precisamente um ano, o Governo do PS lançou a Estratégia Nacional do Combate à Pobreza" e critica a proposta do Orçamento do Estado para 2025 apresentada pelo Governo, referindo que é "preocupantemente omissa quanto à estratégia do Governo da AD nas áreas sociais".

Em declarações à Renascença, o deputado Miguel Cabrita lamenta a inversão de um ciclo que considera ter sido positivo nos anos de governação de António Costa.

"Estamos preocupados porque ao longo dos últimos oito anos houve um progresso muito significativo. O que verificamos nestes meses é que há um silêncio do Governo nestas áreas", acusa o deputado socialista.

Miguel Cabrita acredita que o exemplo de Lisboa, onde a autarquia realojou recentemente 56 pessoas em situação de sem-abrigo é paradigmática. "O problema não se resolve com ações mediáticas e pontuais", atira o deputado do PS.

PS questiona Governo

"Ao invés de acelerar e aprofundar as estratégias e instrumentos já disponíveis, a proposta de Orçamento do Estado para 2025 promete rever as estratégias no âmbito do combate à pobreza e da integração das pessoas em situação de sem abrigo, correndo-se o risco de atrasar as respostas e deixar deteriorar a situação social", dizem os deputados socialistas.

Os socialistas questionam a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria Palma Ramalho, sobre o estado da implementação das medidas combate à pobreza, a quantidade de medidas foram implementadas, o número de pessoas abrangidas pelas medidas, a despesa associada e quais medidas e prioridades serão alteradas ou abandonadas pelo Governo nestas matérias.

O grupo parlamentar socialista afirma que, entre 2015 e 2023 - anos em que o PS esteve à frente do Governo -, 639 mil pessoas saíram de situação de pobreza como resultado do que dizem ter sido uma "estratégia de reforço dos rendimentos e da melhoria da situação económica e social do país" dos governos socialistas.

O PS critica ainda a recusa do Governo para acompanhar a proposta socialista para um aumento extraordinário das pensões em 1,25 pontos percentuais e afirma que o executivo "prefere alimentar, de modo inaceitável e clientelar, a expectativa de um bónus eleitoralista para os pensionistas em meados do próximo ano, ao mesmo tempo que nada diz sobre a estratégia para o combate à pobreza ou para a inclusão de pessoas em situação de sem abrigo".

Na mesma nota, o partido lamenta ainda o que diz ser o "agravamento da situação social em Lisboa, com novas bolsas de pobreza e exclusão a alastrar por diferentes zonas da cidade".

Esta questão, consideram os deputados do PS, "não tem tido resposta, desde logo à escala local, registando-se apenas inação, desresponsabilização e algumas ações mediáticas para disfarçar a ausência de uma estratégia integrada".

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  • Fátima Pereira
    17 out, 2024 Peniche 08:25
    Mas estes srs., o que estiveram a fazer nos sucessivos governos que formaram? Vêm agora exigir?
  • Anastácio Lopes
    17 out, 2024 Lisboa 07:53
    Os portugueses nunca acreditarão nesta suposta preocupação do PS ou de qualquer outro partido, pois são os únicos responsáveis pela existência de pobreza no país, uns ao imporem, ano após ano, aumentos na base da percentagem que tudo têm dado e dão a quem muito ganha e apenas dá migalhas a quem ganha pouco, outros porque nunca, até hoje, propuseram aumentos dispares, maiores oara quem ganha menos e menos para quem ganha mais, sendo por isso cúmplices de tal pobreza e do agravamento permanente da mesma. A proposta de OE em discussão é mais um desses tristes exemplos, que além de não devolverem a quem trabalha os Subsídios de Férias e de Natal completos, mantendo sobre os mesmos os imorais, injustos e desonestos descontos para o IRS, ADSE e CGA, os quais comem um terço de cada um desses subsídios, vergonha esta pactuada por todos e cada um dos partidos e sindicatos da Administração Pública, provando-nos diariamente que nunca tiveram preocupação alguma com a pobreza portuguesa, ao ponto de tudo continuarem a fazer para aumentarem a mesma em vez de algo de sério, responsável e competente fazerem para deixarem de ser corresponsáveis para com a existência e agravamento da que há muito que existe. Que raio de preocupação é esta de alguém que nada fez para que exista alguma equidade na distribuição da riqueza por todos e não só por alguns? Jamais o país e a população precisa ou precisará de políticos que nos imponham cada vez mais e maiores pobreza e miséria, pelas suas decisões.
  • ze
    17 out, 2024 aldeia 07:24
    a esquerda e a extrema esquerda sempre fizeram tudo para acabar com os ricos,não admira que cada vez haja mais pobres, pois governaram a maioria dos anos desde à 50 anos.......

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