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Montenegro rejeita que IRS Jovem e baixa do IRC sejam "birras fiscais ou orçamentais"

14 out, 2024 - 11:48 • Tomás Anjinho Chagas

Primeiro-ministro voltou a criticar o Chega pela confusão lançada sobre um acordo secreto, já desmentido por Montenegro. Chefe de governo argumenta que baixar impostos é uma forma de reter jovens e empresas em Portugal.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, rejeitou esta segunda-feira que a insistência em medidas como o IRS Jovem ou a redução do IRC não se trata de uma "birra fiscal" ou orçamental.

Ao início da tarde desta segunda-feira, em Peniche, no discurso perante uma empresa do setor das pescas, Luís Montenegro reconheceu que tem de fazer cedências à oposição, mas reiterou que baixar impostos é uma forma de tornar Portugal mais competitivo.

"Quando nós falamos disto [redução fiscal], não estamos a fazer nenhuma birra fiscal ou orçamental. Estamos mesmo a marcar uma diferença. Claro que eu não desconheço a realidade política que tenho pela frente, já sei que não tenho uma maioria absoluta no Parlamento e que o Governo terá de fazer uma aproximação com os outros partidos para nós podermos executar este plano", afirmou o chefe do Governo.

O primeiro ministro lembra que o país está a perder muitos jovens licenciados e acredita que a classe política não pode ficar a assistir sem fazer nada para contrariar essa tendência, referindo-se à política fiscal como um "instrumento" para estancar o êxodo de jovens adultos formados no nosso país.

"Precisamos de ser competitivos. Um país que está a perder grande parte do seu capital humano para o estrangeiro, não pode ficar adormecido a contemplar a realidade", reitera Luís Montenegro, na semana seguinte à da entrega do Orçamento do Estado no Parlamento - que ainda não tem aprovação garantida.

Depois de três iniciativas em Peniche, esta segunda-feira, Luís Montenegro voltou a rejeitar responder às perguntas dos jornalistas.

Montenegro atira a Ventura e critica quem se "distrai com problemas laterais"

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, atacou ainda o partido Chega pela confusão lançada nos últimos dias por André Ventura, sobre uma possível reunião e convites para o Governo, que serviria de moeda de troca pela aprovação do Orçamento do Estado.

Mais cedo, durante um discurso de inauguração de um pavilhão multiusos em Peniche, distrito de Leiria, o chefe de Governo voltou ao tema sem nunca mencionar o Chega, mas com a mira indiscutivelmente bem definida.

"Enquanto uns se distraem com o que é menor e completamente menor, o Governo mantém-se firme e empenhado em responder aos problemas das pessoas", declarou Luís Montenegro perante uma plateia formada essencialmente por bombeiros, mas também pelo atual presidente da Câmara Municipal de Peniche.

O primeiro-ministro fala em "dias em que tantos tentam distrair a opinião pública" e acredita que isso vai virar-se contra André Ventura: "Questões menores que não interessam a ninguém a não ser aos próprios, e mesmo assim o tempo dirá que é no seu próprio prejuízo e descredibilização".

São declarações de Luís Montenegro durante a manhã desta segunda-feira em Peniche, onde o primeiro ministro inaugurou um pavilhão multiusos dos bombeiros e aproveitou para lembrar que o Governo já está a pagar apoios às populações que sofreram com os incêndios no mês de setembro.

[Notícia atualizada às 14h57 de 14 de outubro de 2024 para acrescentar mais declarações de Luís Montenegro]

Comentários
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  • ze
    14 out, 2024 aldeia 14:03
    Com toda esta "novela" quem saíu mal foi o governo e 1º ministro, até o PS disse que não se pode ter confiança nele.
  • EU
    14 out, 2024 PORTUGAL 11:35
    " menor e completamente menor ", diz o Senhor Primeiro Ministro. Não, não é menor. É muito GRANDE, para não dizer MUITO GRAVE. O Senhor Primeiro Ministro estava ALERTADO, por mim através deste espaço RR, que o Presidente(?) do CHEGA, não era credível politicamente. Então com o aviso feito só tinha de ABRIR as reuniões com esse indivíduo a OUTRAS PESSOAS. Judas TRAIU Cristo e este Indivíduo TRAI de um minuto para o outro. Depois do que se passou este fim de semana com o Secretário Geral do Partido Socialista, o Senhor Primeiro Ministro deve, antes da DISCUSSÃO do OE, demitir-se e partir par ELEIÇÕES ANTECIPADAS, pois caso contrário vai ser a VERSÃO dele a Sua Cruz. Pense e pense BEM.

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