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Pedro Nuno Santos com críticas para dentro do partido

12 out, 2024 - 16:11 • Olímpia Mairos , com Lusa

Secretário-geral do PS diz que "não há um único militante do Partido Socialista que goste de ver dirigentes do PS a fazer o jogo da direita, a fazer o jogo do Governo”.

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O secretário-geral do PS deixou críticas ao próprio partido no encerramento do Congresso Distrital do Porto, em Penafiel.

Pedro Nuno Santos deixou o aviso referindo que “aqueles que no nosso partido têm acesso à televisão precisam mais vezes de descer do pedestal e de estar com o partido, sentir o partido, sentir os militantes”.

“Se o fizerem vão perceber rapidamente que não há um único militante do Partido Socialista que goste de ver dirigentes do PS a fazer o jogo da direita, a fazer o jogo do Governo”, destacou.

Em Vila Nova de Famalicão, no congresso federativo de Braga do PS, Pedro Nuno Santos já tinha marcado distâncias em relação ao OE 2025, afirmando que, independentemente do sentido de voto dos socialistas, "este OE nunca será do PS".

O Orçamento do Estado para 2025 apresentado pelo Governo “não é, nem nunca será” o Orçamento do PS, “não só pelo que tem, mas sobretudo pelo que não tem”, apontando, concretamente, a “alta de ambição” em relação à economia.

“Não vai colocar Portugal a crescer, o Governo não acredita na capacidade de crescimento da economia portuguesa e das empresas”, referiu, frisando que o Orçamento “é mau” e repetindo apelos para que nenhum socialista “se engane ou faça o jogo do PSD”.

“Independentemente do que venhamos a fazer [na votação do Orçamento], a distância entre nós e o Governo é muita”, afirmou.

Para Pedro Nuno, o Governo “não é de confiança” e “não tem solução para os problemas dos portugueses”, seja na saúde, na educação, na habitação ou na fiscalidade.

“É um Governo vendedor de ilusões. O Orçamento será sempre combatido pelo PS”, disse ainda.

Direita em Portugal “não é de confiança”

O secretário-geral do PS, considerou ainda que a direita em Portugal “não é de confiança”, classificando como “uma vergonha” que os líderes do PSD e do Chega se acusem mutuamente de mentir.

No congresso federativo de Braga do PS, Pedro Nuno defendeu que é preciso clarificar quem está a mentir.

“Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é preocupante, digo mais, é uma vergonha para a nossa democracia, com dois líderes partidários a acusarem-se mutuamente na praça pública de mentira”, salientou.

Em causa as recentes declarações do líder do partido da extrema-direita, André Ventura, sobre eventuais negociações com o Governo, com cinco reuniões, para um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2025, que incluiria uma eventual entrada do Chega para o Governo.

As negociações foram desmentidas pelo primeiro-ministro, que acusou André Ventura de estar a mentir, uma acusação que voltaria a ser retribuída pelo presidente do Chega.

“Não sabemos quem mente, não vamos dirimir essa disputa. Mas para dizer 'André, nós não confiámos em vocês e, portanto, não vamos negociar convosco', bastava uma reunião”, disse Pedro Nuno.

Para o líder socialista, esta é uma questão que precisa de ser clarificada, para os portugueses ficarem com a certeza de que “a palavra do primeiro-ministro é para levar a sério”.

Em relação às Autárquicas de 2025, Pedro Nuno Santos defendeu que o partido deve apreender com os erros do passado e combater os oportunismos e as divisões internas, não fomentando discórdias nas concelhias e nas secções.

O objetivo, apontou, é que daqui a um ano o partido esteja a celebrar por se ter tornado “na primeira força política autárquica em Portugal”.

Comentários
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  • Anastácio Lopes
    14 out, 2024 Lisboa 10:10
    Quando alguém que nunca descansou enquanto não chegou a Secretário Geral do PS, nem a família do PS consegue o consenso para a votação do OE, como poderá ele, que até queria mandar construir dois aeroportos, chegar a algum consenso para resolver os problemas do povo e do país e para os quais disse ter-se candidatado? A exemplo do atual Primeiro Ministro, este político é arrogante e prepotente demais para desempenhar seja que cargo for na política, pois todos eles exigem mais e maior humildade que é característica que nunca teve, e talvez por isso, mas não só, o acordo entre os dois foi nulo. Como pode este político ou outro com as suas características, servir um país e um povo, no qual, apenas e só quer impor, o que eu quero, mando e posso? Jamais o país e o seu povo deixará de andar a marcar passo, em problemas como a habitação, enquanto os partidos tiverem a dirigi-los, aqueles e aquelas que seguem a filosofia do eu quero, mando e posso. Até quando portugueses e portuguesas ?

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