10 out, 2024 - 20:24 • Lusa
O movimento Climáximo criticou a proposta de Governo para o Orçamento do Estado para 2025, entregue esta quinta-feira, que diz garantir "o colapso climático", lamentando a falta de investimento na transição energética.
"Não apresenta nenhum investimento em empregos para o clima ou numa transição energética justa para sairmos da economia fóssil", lamenta o coletivo em comunicado.
Na proposta entregue à Assembleia da República, o Governo diz que vai rever o Roteiro para a Neutralidade Carbónica e mantém o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2045.
Além do incremento das energias renováveis, de incentivos para a produção dos gases renováveis e do armazenamento de energia, e de medidas nas matérias-primas críticas, em 2025 haverá novas medidas e apoios para reforçar a eficiência energética e combater a pobreza energética.
As medidas são, no entanto, insuficientes no entender do Climáximo, que acusa o executivo de não estar "do lado das pessoas", considerando que o diploma vai "garantir o colapso climático, a pobreza e a injustiça social".
O OE2025, continua o coletivo, "garante a manutenção e proliferação de infraestruturas fósseis, como a expansão do aeroporto e as centrais de gás, autênticas bombas de carbono".
Em referência às recentes negociações entre o Governo e o PS, os ativistas lamentam ainda que o clima não tenha estado nas prioridades.
"Vemos governos e partidos que preferem fazer birras em torno dos pontos percentuais do IRC, em vez de se preocuparem em colocarem como prioritária a resolução da maior crise alguma vez enfrentada pela humanidade e garantirem uma vida digna e justa para toda a população", escreve o coletivo em comunicado.