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OE 2025

PS mantém as fichas numa "aproximação" a Montenegro. Posição final só depois de resposta "formal" do Governo

08 out, 2024 - 19:19 • Susana Madureira Martins

Reunião do grupo parlamentar desta noite vai decorrer ao mais alto nível e conta com a presença do presidente do PS, Carlos César. Todos os cenários estão em aberto para os socialistas, mas mantêm margem de negociação com Governo.

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O PS mantém-se à espera da resposta do primeiro-ministro à contraproposta que fez sobre o IRC e uma posição final sobre o sentido de voto dos socialistas em relação à proposta de Orçamento do Estado depende do que o primeiro-ministro disser nas próximas horas.

Na cúpula socialista, o entendimento é que Luís Montenegro, antes mesmo da entrevista que irá dar esta terça-feira à noite à SIC, devia enviar ao PS a resposta à contraproposta que Pedro Nuno Santos anunciou na sexta-feira.

Um alto dirigente do partido diz mesmo à Renascença que do "ponto de vista ético, [Montenegro] devia, pelo menos, um minuto antes [da entrevista] mandar a contraproposta" ao PS.

De resto, como deu conta a Renascença, a direção socialista tem manifestado incómodo pela falta de reação oficial do Governo à contraproposta do PS e por verem posições de diversos governantes na comunicação social.

Ainda assim, há a expectativa da parte do PS que Montenegro mantenha a porta aberta nas negociações. Segundo o mesmo dirigente já citado, "continua sem estar excluída a aproximação que o Governo iniciou". Se essa abertura da parte do Governo não acontecer, a cúpula socialista admite o cenário de eleições antecipadas.

Neste contexto, qualquer posição final do PS sobre o OE só será assumida após a direção nacional receber a resposta formal do Governo. Isto numa tarde em que o líder socialista se multiplica em reuniões. Primeiro, pela tarde, com os líderes das federações na sede nacional em Lisboa e a que irá decorrer à noite, já depois da entrevista de Montenegro, com os deputados no Parlamento.

Em ambas as reuniões estará a cúpula do PS. A Renascença sabe que Carlos César, presidente do partido e defensor nas redes sociais da estratégia que tem sido seguida por Pedro Nuno Santos, estará presente também na reunião com os deputados socialistas. Qualquer decisão terá, por isso, o seu beneplácito.

Quanto às movimentações do Chega, que esta terça-feira reuniu os deputados no Parlamento e com André Ventura a não esclarecer qual o sentido de voto no OE, são vistas pela direção socialista como uma forma de impedir qualquer perturbação que leve a eleições.

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