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João Ferreira

PCP critica falta de respostas para a pobreza e desigualdades sociais

05 out, 2024 - 15:38 • lusa

"O Presidente da República [...] disse que havia a necessidade de combater a pobreza, as desigualdades sociais. É difícil não subscrever essas palavras, a questão é como. Sobre isso nada foi dito", apontou João Ferreira.

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O dirigente do PCP João Ferreira lamentou este sábado que o discurso do Presidente da República não sinalizasse um caminho para "combater a pobreza e as desigualdades sociais", sublinhando que o próximo Orçamento do Estado também não trará essas respostas.

"O Presidente da República evocou a necessidade de haver mudanças. Disse que havia a necessidade de combater a pobreza, as desigualdades sociais. É difícil não subscrever essas palavras, a questão é como. Sobre isso nada foi dito", apontou.

João Ferreira falava aos jornalistas no final da cerimónia comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, que decorreu na Praça do Município, em Lisboa, e na qual intervieram o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

No seu discurso, o Presidente da República afirmou que "a democracia está viva", embora não seja "perfeita nem acabada", e defendeu que tem de ser "mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária".

Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda a pobreza e a corrupção entre os problemas que persistem "em 50 anos de Abril" e que exigem mudanças.

"Não é possível vencer a pobreza, as desigualdades sociais, as justiças, sem uma alteração radical das políticas que têm vindo a ser seguidas. Sem uma elevação dos salários e do investimento público", considerou João Ferreira.

Questionado sobre a contraproposta apresentada na sexta-feira pelo PS ao Governo, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) o dirigente comunista considerou que a discussão ainda está "longe do que verdadeiramente interessa".

"Se há alguma virtude que esta novela tem trazido é evidenciar como estamos longe da discussão que verdadeiramente interessa, sobre o conteúdo do orçamento e em que medida o orçamento responde ou não ao que são os grandes problemas que o país está confrontado", apontou.

No entendimento de João Ferreira, esta aproximação entre o PS e o Governo revela que "não são tão diferentes assim os posicionamentos e os objetivos programáticos de um e de outro".

"Se olharmos para a dimensão daquilo que o orçamento deve responder, quer o orçamento, quer a política deste Governo está longe de responder a essas necessidades. Pelo contrário, o que verificamos é que há um caminho no sentido do agravamento desses problemas que o país se defronta", sublinhou.

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  • Anastácio Lopes
    07 out, 2024 Lisboa 07:56
    Perante a constatação aqui afirmada, o que se verifica há décadas, que contribuição deu até hoje p PCP em geral e os supostos sindicatos da CGTP, para não serem, como sempre foram, cúmplices destas mesmas pobreza e miséria dos portugueses? Alguém se lembra que este PCP ou os sindicatos da CGTP, tenham proposto aumentos anuais maiores para quem menos ganha e menores para os que ganham mais? Ao proporem como sempre propuseram aumentos na base da percentagem os quais apenas agravam as disparidades já existentes entre ricos e pobres e nada contribui para reduzir quer a pobreza que a miséria, todos aqueles e aquelas que propõem aumentos na base da percentagem como o PCP, estão no mínimo a serem incoerentes com o que deve ser proposto e feito para reduzir ou anular as mesmas pobreza e miséria. Será assim que alguma vez se defenderá quem trabalha senhoras e senhores do PCP? Recordo que uma carcaça, por exemplo quando varia de preço, varia de igual valor para ricos e para pobres. Se assim é, porque será que os ricos têm de ter aumentos de 500 e os pobres de apenas 50, alguém do PCP me sabe dizer? Como aqui se vê o PCP está cheio de telhados de vidros e que por isso não tem moral nenhuma para falar dos outros, e se o que vir a ter, bastará mudarem os valores que propõem de aumento para trabalhadores e pensionistas, para que todos tenham aumentos inversos aos valores que têm direito, propondo maiores aumentos para quem menos ganha e menores para os que mais ganham, ou não será?

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