05 out, 2024 - 19:30 • Lusa
O BE pediu este sábado ao Ministério da Administração Interna um parecer da PSP sobre a cerimónia desta manhã do 114.º aniversário da Implantação da República, em Lisboa, por esta ter sido vedada ao público.
"A cerimónia solene do 114º aniversário da Implantação da República decorreu fechada ao público, ficando meramente reservada aos convidados oficiais. Para a decisão, segundo informação veiculada por diversos órgãos de comunicação, foi determinante a avaliação de risco feita pela Polícia de Segurança Pública (PSP)", refere-se no requerimento enviado pelo BE ao Governo, através do parlamento.
Para os bloquistas, apesar de esta não ser uma decisão inédita, "não deve ser normalizado o facto de a celebração oficial da implantação do regime republicano decorrer sem assistência do público".
O BE defende que devia ter-se encontrado uma solução que garantisse a "segurança dos membros dos órgãos de soberania, autarcas e demais convidados oficiais" e ao mesmo tempo a "participação das cidadãs e dos cidadãos" que pretendessem assistir.
O partido liderado por Mariana Mortágua pediu ao Ministério da Administração Interna o "parecer da Polícia de Segurança Pública (PSP) relativo à Cerimónia Comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, na Praça do Município, em Lisboa".
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizaram hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
Nas ruas circundantes à Praça do Município, onde decorreu a sessão solene do 114.º aniversário da Implantação da República, barreiras policiais controlaram o acesso ao recinto, solicitando uma acreditação para permitir a passagem, segundo constatou a agência Lusa no local.
Também nas cerimónias de 2023 o acesso à Praça do Município tinha sido condicionado aos populares, com baias de segurança colocadas a cerca de 150 metros das entidades oficiais que assistiam aos discursos do dia.
Fonte da Câmara Municipal de Lisboa disse à Lusa que os condicionamentos e todas as responsabilidades da segurança eram da PSP.