13 set, 2024 - 14:30 • Tomás Anjinho Chagas
O antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afasta-se de uma eventual candidatura à presidência da República em 2026, ao afirmar que não pleaneia regressar à política ativa.
À margem de uma homenagem ao ator Ruy de Carvalho, em Odivelas, Lisboa, o também antigo líder do PSD foi questionado pelos rumores que o colocam na rota da corrida a Belém em 2026, e preferiu não alimentar a ideia.
"Nada disso, eu estou muito fora de toda a intervenção política", secou Passos Coelho em declarações à CNN Portugal.
O antigo primeiro-ministro tem sido constantemente apontado como um potencial candidato às presidenciais que pudesse agregar as sensibilidades da direita portuguesa, mas prefere distanciar-se do tema, pelo menos para já.
Passos Coelho sai assim em direção contrária a um outro ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes, que nas últimas semanas aproveitou as especulações para criar suspense em relação ao tema das presidenciais.
"Nos próximos meses falamos, mas estou mais próximo do que nunca de tomar uma decisão", respondeu o comentador aos jornalistas durante a Universidade de Verão do PSD, no final de agosto.
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Desde que saiu da política ativa, Passos Coelho raramente faz intervenções públicas. Nos últimos meses, reapareceu, por exemplo, para fazer a apresentação do livro "Identidade e Família", que junta 22 contributos que alertam contra a “destruição da família” tradicional e a "ideologia de género, onde pressionou Luís Montenegro a entender-se com o Chega, uma vez que a AD venceu as eleições legislativas de março, mas não conseguiu maioria no Parlamento.
O conselho não foi ouvido pelo atual primeiro-ministro, que tem vindo a distanciar-se da imagem de Passos Coelho apesar de ter sido seu líder parlamentar.