08 set, 2024 - 20:36 • Cristina Nascimento
O secretário-geral do PCP critica quase todos os partidos, do PS ao Chega, por “falarem como se não existisse país real”.
Na intervenção que fechou o comício de encerramento da Festa do Avante, este domingo, Paulo Raimundo considerou que “uns e outros, PSD, CDS e PS, Chega e IL, falam do Orçamento como se não existisse um país real”.
“Falam de referendos, linhas vermelhas, ultimatos e afins quando o que se impõe responder e já: às gravidas que não conseguem ir a uma urgência de obstetrícia, aos trabalhadores e aos reformados sempre a fazer contas à vida, aos que não conseguem aceder à habitação, às crianças sem vaga na creche ou no pré-escolar, aos estudantes sem professores e sem condições financeiras para aguentar a universidade, aos imigrantes que passam por vezes anos a tentar regularizar a sua situação”.
Antevendo que o Orçamento do Estado para 2025 vai ser aprovado, Raimundo não aceita o argumento da estabilidade política, afirmando que “é a vida real que precisa de estabilidade”.
No comício de encerramento da Festa do Avante, perante cerca de 10 mil pessoas e durante um discurso de 40 minutos, Paulo Raimundo abordou a questão da privatização, um negócio que deve ser travado, defende.
Já sobre outra privatização – da ANA Aeroportos -, Raimundo deixou claro que não desistem da “batalha”, referindo-se à proposta do PCP sobre a criação da comissão parlamentar de inquérito à privatização da ANA.
Raimundo revelou também que vão “lançar uma campanha nacional para colocar os salários no centro do debate político” e prometeu uma intensificação da luta pelos direitos dos trabalhadores.