07 set, 2024 - 19:16 • Cristina Nascimento
O secretário-geral do PCP considera que Portugal já devia ter reconhecido o estado da Palestina e que, ao “não fazê-lo, na prática, está a associar-se àqueles que estão a cometer um genocídio e um massacre, acaba por ser cúmplice deste processo”.
Em declarações aos jornalistas este sábado à tarde, na Festa do Avante, Paulo Raimundo voltou a apelar a esse reconhecimento, lembrando que o reconhecimento dos dois estados é o que está previsto pelas Nações Unidas.
Paulo Raimundo entende que o Governo não avança para este reconhecimento porque “não quer” e porque “está vergado a interesses dos Estados Unidos, está vergado a interesses de Israel”.
O secretário-geral comunista reconhece que “o Governo português pode ter relacionamentos com todos os povos”, mas apela a que “de uma vez por todas, reconheça o estado da Palestina, no contributo que dá para o cumprimento das resoluções das Nações Unidas”.
Ainda em matéria de política internacional, Raimundo foi questionado sobre se já falou com o Partido Comunista venezuelano, depois das eleições presidenciais naquele país da América do Sul.
Raimundo assegura que “não há nenhuma divergência” com o partido comunista venezuelano, apesar de ter sido tornado público que o partido da Venezuela criticou o PCP por ter expressado apoio a Nicolás Maduro.
“Temos relações boas com os nossos camaradas em todo o mundo, nesta Festa estão mais de 50 delegações internacionais”, assegurou, acrescentando que “não há nenhum problema por resolver”.