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​Aumento da despesa "é uma falsa notícia”, diz PCP

06 set, 2024 - 19:48 • Cristina Nascimento

Secretário-geral comunista afirma que aumento da despesa em 2025 não será para resolver os problemas dos portugueses. Paulo Raimundo diz ainda que, caso o Orçamento do Estado venha a ser chumbado, Marcelo deve convocar eleições antecipadas.

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O secretário-geral do PCP considera que a indicação do Governo sobre o aumento da despesa no Orçamento do Estado para 2025 “é uma falsa notícia”.

“Esse suposto aumento da despesa no próximo Orçamento acho que é um bocadinho manifestamente exagerado”, disse Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas, à margem da abertura da Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, Seixal.

Raimundo propõe que se faça “um exercício”, para descontar desse aumento “os valores para pagar juros, comissões do endividamento do Estado português e veja-se quanto é que sobra, de facto, de aumento para o suposto investimento público. É quase nada”, conclui.

“Não é por ai que os problemas das pensões, dos salários, da saúde, dos direitos dos profissionais, do acesso à habitação se vai resolver”, acrescentou.

Sobre o próximo Orçamento do Estado, Paulo Raimundo mostrou-se convicto que vai ser aprovado. No entanto, caso venha a ser chumbado, o secretário-geral comunista considera que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, terá de convocar eleições antecipadas.

“Não há nenhuma razão para que, se o Orçamento for chumbado, o caminho a seguir não seja exatamente o mesmo que foi há dois anos atrás. Não me parece que haja nenhuma razão, nenhuma possibilidade de não ser assim. Não estou a ver qual era o contorcionismo que se ia se arranjar para que não fosse assim”, reforça.

Já sobre a próxima ronda de reuniões entre o Governo e os partidos, depois de Pedro Nuno Santos anunciar que não vai estar presente nesse encontro, também Paulo Raimundo revelou que não vai estar.

O secretário-geral comunista lembrou que esteve na primeira reunião, na qual Luis Montenegro pôde estar, por motivos de doença.

Ainda assim, Raimundo assegura que o PCP não faltará à chamada. “Vamos lá demonstrar exatamente as razões pelas quais as opções [do Governo] e os limites do orçamento não corresponde às necessidades dos salários, das pensões, do Serviço Nacional de Saúde, do investimento público, do acesso à habitação”, rematou.

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