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Educação

Montenegro admite que não será possível ter professores em todas as escolas e disciplinas

04 set, 2024 - 13:15 • Susana Madureira Martins , Olímpia Mairos

Para Luís Montenegro "é repugnante" que os estudantes desistam do Ensino Superior por falta de condições de pagar o alojamento.

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O primeiro-ministro admite que não será possível ter professores em todas as escolas e disciplinas.

Em vésperas da abertura do ano letivo, Luís Montenegro reconhece que não é algo que se consiga fazer de um mês para o outro, assumindo também que não há capacidade para ter alojamento para todos os estudantes a preços acessíveis.

“Apesar de todos os esforços que estamos a fazer, e que o senhor ministro, em particular, está e vai continuar a fazer nas próximas semanas, nós não estamos em condições de poder dizer, de repente, de um mês para o outro, que já vai haver professores em todas as escolas, a todas as disciplinas e que não vai haver alunos a serem prejudicados por não terem professor, pelo menos a uma, às vezes a mais do que uma, disciplina”, admitiu.

Luís Montenegro acrescentou ainda que o Governo não está “em condições de dizer que todos os estudantes, que concorreram e entraram para os cursos aos quais se candidataram, vão ter um alojamento disponível a um custo comportável para as suas carteiras e das suas famílias e, portanto, ter esse assunto absolutamente resolvido”.

O primeiro-ministro falava esta quarta-feira, numa cerimónia de assinatura de vários protocolos com diversas instituições para apoiar os estudantes, por exemplo, a ordem dos psicólogos e dos nutricionistas ou ainda as pousadas da juventude e o INATEL, para acesso ao alojamento.

Para Luís Montenegro, é repugnante que os estudantes desistam do Ensino Superior por falta de condições de pagar o alojamento

“É repugnante do ponto de vista cívico que uma pessoa, um jovem, um aluno, possa batalhar 12 anos da sua vida, do seu esforço, muitas vezes do seu sacrifício, em busca de um determinado resultado académico, que lhe permite aceder àquilo que é a sua vontade formativa no patamar seguinte, no ensino superior, e não o conseguir concretizar por não ter condições para estar, para se instalar e alojar junto da instituição que lhe oferece a formação que ele procurou, para a qual lutou, para a qual empreendeu todo o seu labor”, considera.

Os protocolos que foram assinados esta quarta-feira fazem parte de um conjunto de medidas do Governo que já tinha sido anunciado no recente Conselho de ministros dedicado à juventude, realizado em maio.

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