20 ago, 2024 - 15:22 • Pedro Mesquita , com redação
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O Partido Socialista defende uma comissão de inquérito aos incêndios da última semana na Madeira, que já consumiram mais de sete mil hectares.
O socialista Paulo Cafôfo considera que há responsabilidades políticas do governo regional, nomeadamente do presidente Miguel Albuquerque, que devem ser apuradas pelo Parlamento do Funchal.
"O primeiro objetivo é de apurar as responsabilidades políticas. Um segundo objetivo é o de avaliar a coordenação no combate ao incêndio. Um terceiro objetivo é o de inventariar os prejuízos. O quarto objetivo é auscultar especialistas e entidades e o quinto objetivo é mudar de paradigma, aproveitar esta tragédia para alterar a postura política, rever estratégias relacionadas com a prevenção, mas também com o combate aos incêndios", declarou Paulo Cafôfo.
O Juntos pelo Povo, pela voz de Hélio Santos, pretende ouvir o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, com carácter de urgência, bem como o secretário regional da Proteção Civil.
Margarida Blasco garante que Governo central está (...)
"Uma vergonha total. Voltou ao Porto Santo com a Madeira a arder. A comissão permanente tem que decidir já e chamar Miguel Albuquerque, largar a praia de Porto Santo e prestar esclarecimentos aos madeirenses amanhã ou depois", declarou Hélio Santos, à RTP Madeira.
O presidente do Chega responsabilizou o Governo Regional da Madeira pelo que considerou ser um “desastre da gestão dos fogos”, considerando ser “um bom motivo” para Miguel Albuquerque deixar a presidência do executivo do arquipélago.
“É uma situação preocupante e é preciso apontar responsáveis, e os responsáveis infelizmente estão no Governo Regional, que parece ter olhado para o lado mais uma vez em relação ao pedido de ajuda, em relação à prevenção e em relação aos meios”, afirmou André Ventura, em conferência de imprensa.
Os incêndios na Madeira começaram na quarta-feira passada, 14 de agosto.
De acordo com o mais recente ponto de situação da Proteção Civil regional, há quatro focos de incêndio na Serra de Água, "embora com pouca intensidade".
No Curral das Freiras, "a situação causa alguma preocupação, devido ao facto da frente ativa estar a evoluir no sentido ascendente em direção ao pico do Areeiro e ramificando no sentido descendente que aproxima-se de uma zona habitacional na Fajã dos Cardos".
A combater as chamas e a proteger as populações estão mais de 80 operacionais e 20 veículos.