14 ago, 2024 - 22:16 • Ricardo Vieira
O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, anunciou esta quarta-feira mais vagas em Medicina e um novo passe ferroviário com um custo de 20 euros por mês.
Serão criados dois novos cursos de Medicina nas universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Évora, declarou o chefe do Governo, na Festa do Pontal, que marca da rentrée política social-democrata. O número de novas vagas não foi revelado.
Luís Montenegro explica que o objetivo é atacar o problema da falta de médicos, que vai ser agravado com milhares de aposentações previstas para os próximos anos.
Este ano abriram 1.684 vagas para novos estudantes de Medicina, "ao mesmo tempo que 1.500 médicos se vão aposentar" este ano e nos próximos, detalhou o chefe do Governo, para justificar a criação de mais vagas.
Na área da Mobilidade Verde, o Governo vai apresentar um plano no próximo mês de setembro, que prevê a criação de um novo passe ferroviário com um custo de 20 euros mensais.
Quem adquirir o novo passa tem acesso durante um mês "a todos os comboios urbanos, regionais, inter-regionais e a rede do Intercidades", anunciou Luís Montenegro.
No discurso de rentrée política na Festa do Pontal, atrapalhado por um problema inicial com o microfone, o primeiro-ministro e líder do PSD também anunciou um suplemento extraordinário, a ser pago no mês de outubro, para os pensionistas com reformas até 1.527 euros.
Luís Montenegro fez um balanço de quatro meses de Governo e das enumerou as medidas tomadas pela sua equipa, nomeadamente os acordos com professores, policiais, oficiais de justiça, guardas prisionais, a construção de entendimentos com médicos e enfermeiros.
"Estamos a tratar estrategicamente e estruturalmente do futuro de Portugal. Não são medidas menores, são os alicerces de uma sociedade mais dinâmica e mais justa", declarou o primeiro-ministro.
Num aviso para a oposição e para as negociações do Orçamento do Estado para 2025, Montenegro sublinha que o PSD não é "liberal nem socialista" e que o Governo quer executar o programa que recebeu luz verde na Assembleia da República.
"Vamos reclamar para nós a possibilidade de executar o programa de Governo sufragado pelo povo e que não foi rejeitado pelo Parlamento. Vamos continuar a decidir sobre todos os temas em que o Governo puder intervir para melhorar a vida das pessoas. Com todo o respeito pelas opiniões políticas, mas com os nossos princípios orientadores com a nossa matriz social-democrata, de Sá Carneiro e Cavaco Silva", declarou o primeiro-ministro.