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BE acusa Governo de piorar acesso ao SNS e defende "inversão de 180 graus" na política de saúde

09 ago, 2024 - 12:18 • Lusa

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O BE acusou esta sexta-feira o Governo de ter piorado o acesso ao Serviço Nacional de Saúde e defendeu que o executivo deve fazer um "exame a si próprio" e inverter em "180 graus" a política para o setor.

"Temos cinco meses de governação de Luís Montenegro e a pergunta que as portuguesas e os portugueses querem ver respondida, é se a saúde melhorou nestes últimos cinco meses. E hoje temos elementos suficientes para concluir que o acesso ao Serviço Nacional de Saúde, que os cuidados de saúde em Portugal, pioraram", acusou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda.

Fabian Figueiredo falava aos jornalistas no Parlamento um dia depois da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao hospital Santa Maria, em Lisboa, num contexto de constrangimentos nalgumas urgências do país, nomeadamente de obstetrícia e ginecologia.

Na opinião do líder parlamentar da bancada bloquista, "ninguém exige ao Governo que resolva em cinco meses problemas que se arrastam durante anos, mas o Governo tem que fazer o exame a si próprio".

"Se queremos chegar ao próximo ano sem que estes problemas se repitam, precisamos de uma inversão de 180 graus nas políticas do Governo", considerou.

O deputado acusou o executivo minoritário de "negligência e descuido" e deixou também duras críticas à ministra da Saúde, considerando que Ana Paula Martins tem "espalhado a confusão e o caos".

"O senhor primeiro-ministro tem que intervir, tem que garantir que o SNS é bem gerido e que não temos uma incendiária no Ministério da Saúde, que é o que temos tido", acusou.

O bloquista considerou necessário uma ministra e um Governo que queiram "investir e resolver seriamente" os problemas do SNS, o que significa "mais acordo e menos confusão, mais diálogo e menos conflito".

Sobre o plano de emergência para a saúde apresentado pelo Governo no final de maio, com um total de 54 medidas das quais até agora duas estão concluídas, Fabian Figueiredo defendeu que falhou e "é uma catástrofe" e que "não foi por falta de aviso", quer dos bloquistas, quer dos profissionais de saúde.

"O Governo diz que precisa de tempo. As portuguesas e os portugueses que precisam de uma resposta urgente não podem esperar. O Governo sabia em que estado estava o Serviço Nacional de Saúde. Andou, aliás, toda a campanha eleitoral a garantir que apresentaria um plano que num prazo de 60 dias resolveria o problema (...) Não resolveu", argumentou.

O líder parlamentar do BE alertou para a necessidade urgente de aumentar salários dos profissionais de saúde para que estes não prefiram "ir para o privado ou emigrar", e garantir a fixação no SNS de médicos especialistas.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) exigiu hoje um ministro da Saúde "com competência para a função", alertando para os riscos de a atual "política catastrófica" poder, em última análise, resultar em mortes de grávidas e bebés.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro defendeu que o Governo está a cumprir as metas do plano de emergência para a saúde mas admitiu que "seria irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem" e responsabilizou a governação socialista por ter deixado o SNS "absolutamente caótico".

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  • Anastácio José Marti
    13 ago, 2024 Lisboa 10:25
    São estas práticas vergonhosas admissíveis impunemente no seu Ministério senhora Secretária de Estado da Gestão da Saúde? Desrespeito, mais uma vez, pela mesma alegada enfermeira que ao serviço do Centro de Saúde Santa Clara/Lumiar, pela marcação feita há duas longas semanas do meu tratamento. Anastácio José Lopes 10:32 (há 1 minuto) para reclamações Bons dias Com conhecimento da Tutela Tendo tido necessidade de me deslocar hoje, 13/8/2024, mais uma vez, ao serviço do Centro de saúde de Santa Clara/Lumiar, para o qual tinha um tratamento marcado para as 8h do Continente, eis que mais uma vez, a mesma enfermeira que em nada dignifica o SNS, nem a instituição que lhe paga, apenas e só me atendeu às 8h20m, desrespeitando assim, mais uma vez a minha pessoa, o direito a ser assistido e o Princípio da Pontualidade que o CPA lhe impõe, o que só acontece porque a asilada política que sempre foi a ainda diretora daquele Centro de Saúde o permite impunemente, em nada dignificando o SNS nem a Administração Pública portuguesa. Ainda não satisfeita com todas estas palhaçadas que fez com o não respeito pela marcação feita pelos serviços que lhe pagam, apesar de a minha pessoa ter o tratamento marcado para as 8h do Continente, e ter a senha T1 por ter sido o primeiro utente para tratamento a chegar aos serviços, aquela besta quadrada atendeu primeiro uma amiga ou familiar, sem chamar senha alguma, questionando eu se é para ela atender quem quer e não respeitar as ordens de marcação e de chegada que é paga? Só após atender a familiar ou amiga sem chamar pela senha dela, quase vindo buscá-la ao colo, às 8h20m apenas me chamou, tudo levando a crer que voltará a fazer o mesmo no futuro, depois não digam que eu não alertem quem de direito se algo acontecer no futuro por ser assim ficticiamente atendido e desrespeitado por esta parasita da Saúde. Se estas vergonhas, para os que sabem o que isso é, não se verificam com as outras colegas desta besta, diz o princípio da piudência, que não devem aqueles serviços marcarem mais nenhum tratamento para aquela besta, para evitarem mais e maiores consequências, por assim ser desrespeitado e a lei por quem nem o ar que respira merece. Atentamente Anastácio Lopes
  • Anastácio José Marti
    09 ago, 2024 Lisboa 13:27
    Como imagem de marca do que este Governo nunca soube fazer que é o dar vida ao SNS que há muito não a tem, registo o facto de um utente com 88% de incapacidade, com N problemas crónicos que precisam de ser controlados, após vários anos sem Médico de Família atribuído, eis que o Centro de Saúde Lumiar/Santa Clara, decidiu atribuir-lhe uma Médica de Família, mas pasme-se, que está há vários meses de baixa e que por isso não atenderá nem este utente nem outro enquanto esta realidade for imposta aos seus utentes. Perante tamanha incompetência e irresponsabilidade da diretora daquele Centro de Saúde, pergunta-se qual a diferença para este utente em ter ou não Médico de Família atribuído? Será para esta palhaçada ser imposta aos utentes que a diretora daquele serviço é paga pelo erário público português? Onde estão aos vergonhas, brio profissional, honestidade intelectual ou responsabilidade de quem assim finge servir os utentes daquele serviço e o que dizer de uma tutela que continua a permitir impunemente estas práticas?

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