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"Com este Governo as grávidas deixaram de andar a bater à porta das maternidades"

08 ago, 2024 - 18:37 • Ricardo Vieira

A ministra da Saúde garante que o Plano de Emergência está em marcha e pode ser monitorizado no Portal do SNS. "Só por desconhecimento ou má-fé podem dizer que não existem ou que não estão a ser implementadas no tempo e modos previstos.

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"Com este Governo as grávidas deixaram de andar a bater à porta das maternidades ou colocadas numa ambulância a procura de uma maternidade aberta.", disse esta quinta-feira a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, durante uma visita ao Hospital de Santa Maria, com o primeiro-ministro, o Presidente da República e o ministro das Finanças.

Numa altura em que a rede de urgências debate-se com vários encerramentos devido à falta de médicos, a ministra da Saúde garante que o Plano de Emergência anunciado pelo Governo está em marcha. "Só por desconhecimento ou má-fé podem dizer que não existem ou que não estão a ser implementadas no tempo e modos previstos", afirmou.

Ana Paula Martins afirma que a Linha SNS Grávida está a ser "um sucesso". "Já foram atendidas e orientadas 19.051 grávidas em dois meses. Estas mais de 19 mil mulheres andavam de maternidade em maternidade à procura de uma porta aberta", sublinha.

A ministra diz que o Governo está "muito empenhado em ter uma nova organização" na gestão das urgências, "que nos permita evitar esta rotatividade de encerramentos programados ou não programados".

"Queremos dar garantias partilhando recursos em urgência, reconstruindo as equipas com um modelo de trabalho e incentivos que tornem de novo o SNS atraente. Estamos absolutamente convencidos que com o apoio das equipas técnicas desta área não estaremos nesta situação no próximo verão", acredita Ana Paula Martins.

"O ponto de partida era muito mau"

A governante também destaca a regularização da lista de espera para cirurgia oncológica e afirma que os doentes com cancro "foram priorizados devido a sua condição, foi uma opção política".

A ministra refere que havia 9.374 doentes em lista de espera a 30 de abril e, desde então, "foram operados quase 20 mil doentes oncológicos em quatro meses". "Como não estar grata aos nossos profissionais de saúde, como não lhes agradecer eternamente", sublinhou.

A ministra da Saúde garante que o Plano de Emergência está em marcha e pode ser monitorizado no Portal do SNS. "Só por desconhecimento ou má-fé podem dizer que não existem ou que não estão a ser implementadas no tempo e modos previstos", atira.

Ana Paula Martins diz que ainda há muito trabalho pela frente e o Governo vai "continuar a cumprir, dia após dia, a dar resposta a quem precisa de respostas e cuidados de saúde".

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirma que o Governo vai continuar a cumprir o plano e criticou a herança deixada pelo anterior Governo no Serviço Nacional de Saúde.

"Está a ser tão difícil quanto aquilo que nós esperávamos, porque a situação era de facto muitíssimo má. O ponto de partida era muito mau", declarou Luís Montenegro.

O primeiro-ministro garante que, "com responsabilidade", o seu Governo vai "cumprir os objetivos que estão traçados". "Definimos prioridades e estamos a cumpri-las", sublinha.

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  • Anastácio José Marti
    09 ago, 2024 Lisboa 08:05
    Não há maior aldrabice do que esta afirmação feita pela Ministra da Saúde, e a prova disso estão os casos da grávida que teve a criança na Ponte 25 de Abril e o da grávida que nem no hospital das Caldas da Rainha foi atendida apesar de estar a jorrar sangue. Como podem as grávidas andarem à procura de maternidades com a maior parte dos serviços fechados, e a não serem atendidas com têm legítimo direito, no hospital a que se deslocam? É esta a vergonha e honestidade intelectual da Ministra da Saúde e do Governo de que faz parte integrante, após terem prometido aos portugueses que em 2 meses resolveriam o problema da saúde, o que não só não fizeram, como agravaram um problema já de si sem solução à vista. Palavras para quê, são políticos portugueses que tudo nos prometem e nada nos fazem em prol da qualidade de vida dos portugueses.

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