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Europeias: João Oliveira pede que apoio à CDU "não se fique pelas palmadinhas nas costas"

07 jun, 2024 - 23:26 • Lusa

Campanha eleitoral da CDU terminou com um comício no Barreiro.

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O cabeça de lista da CDU às europeias encerrou hoje a campanha a pedir que o apoio que sentiu "não se fique pelas palmadinhas nas costas" e considerou que está ao alcance da coligação "um grande resultado eleitoral".

No comício de encerramento da campanha eleitoral da CDU, no Barreiro, distrito de Setúbal, João Oliveira disse, perante uma sala cheia, que tem confiança "num grande resultado eleitoral" porque, durante a campanha, encontrou "mais apoio onde não havia", "mais manifestações de acompanhamento" das propostas da coligação e "reconhecimento" pelo seu trabalho.

"Mas é preciso que tudo isso não fique só pelas palmadinhas, é preciso que, depois das palmadinhas das costas, vá mesmo a cruz para o boletim, para que no dia 09, com mais força da CDU, esteja mais defendido o povo e o país", afirmou.

João Oliveira reiterou que, este domingo, quem vai votar "não são nem os comentadores, nem os analistas, nem as notas dos debates, nem as sondagens", acrescentando que "é o povo que decide quem quer eleger no Parlamento Europeu".

"E é preciso que o povo seja desafiado a decidir a seu favor: da defesa da melhoria das condições de vida, do desenvolvimento do país, de mais justiça social, mais progresso, desenvolvimento, em condições de igualdade para todos os cidadãos, porque só assim nós podemos fazer de Portugal um país de desenvolvimento e progresso", sustentou.

À semelhança do que fez durante a campanha, João Oliveira defendeu que é preciso perguntar aos eleitores que votaram noutros partidos políticos "de que é lhes serviu o voto noutras forças políticas para eleger outros deputados".

O cabeça de lista da CDU defendeu que PS, PSD e CDS - a que associou o Chega e a IL -, estiveram de acordo "com cortes na União Europeia, incluindo nos cortes dos fundos para Portugal", além de terem-se também acompanhado as reformas da PAC e da política comum das pescas.

No entanto, João Oliveira também deixou críticas indiretas ao Bloco de Esquerda, que nunca nomeou, perguntando também de que é que serviram os votos "mesmo em relação aos partidos mais à esquerda".

"De que é que serviram esses votos para eleger deputados que, no final de contas, chegaram lá e estiveram de acordo com todas as linhas de acentuação e militarização da UE, de apoiar a política de confrontação e da guerra, que no Parlamento Europeu não tiveram a coragem de recusar a diretiva dos salários mínimos que nivela por baixo os salários mínimos em toda a União Europeia", disse.

Para João Oliveira, "quem queira verdadeiramente uma alternativa, em quem possa confiar, que se bata pelos direitos dos trabalhadores", tem de votar na CDU.

Por sua vez, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, salientou que, no domingo, não se vai ver "quem é que ganha as eleições, quem é o partido mais votado, menos votado, quem faz melhor o pino", advertindo que, até às eleições, se "vai levar com essa aldrabice".

"O que nós vamos fazer no domingo é eleger só, e somente, 21 deputados: nada mais, nada menos. Não se vai eleger governos, estabilidades, nada disso: vamos eleger 21 deputados", referiu.

O líder do PCP disse também que o que vai estar na discussão não é entre quem está contra e a favor da Europa, mas "entre os que querem a Europa da injustiça, da desigualdade" e os que pretendem "uma Europa da paz e dos povos".

Paulo Raimundo pediu a mobilização dos militantes até às 19:00 de domingo e deixou uma garantia, que admitiu que não estava no "guião inicial" do seu discurso.

"Seja lá o que se passar no dia 9, cá estaremos no dia 10 para o que der e vier. Estaremos no dia 10, 11, 12, em todos os dias por esses resto dos dias que temos pela frente, com a mesma força, determinação e empenho por todos e cada um dos direitos do nosso povo", assegurou.

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