07 jun, 2024 - 01:42 • Lusa
Veja também:
A cabeça de lista do BE às eleições europeias apelou esta quinta-feira ao voto na esquerda que "não vacila" na defesa dos direitos humanos, das mulheres e "nunca terá proximidade" com a direita ou extrema-direita.
"É bom votar sem vacilar e votar em quem não vacila. Conhecem bem o trabalho do BE, sabem que não vacilamos na defesa de quem trabalha, no respeito pelas mulheres, no combate a todas as formas de discriminação, não vacilamos para defender o acesso à saúde, para defender a educação, nas lutas mais duras e lá estamos lado a lado todos os dias, nunca falhamos. O BE é a esquerda de confiança", apelou Catarina Martins, num comício em Braga.
Na reta final da campanha, a antiga coordenadora apostou no apelo ao voto de quem "saiu à rua" nos 50 anos do 25 de Abril, das mulheres que "fazem as marés do 8 de março" ou de quem "se levanta por Gaza e contra o genocídio".
"Há quem se queira esquecer ou não se lembre dos perigos da extrema-direita, da política do ódio e da guerra e é também por isso que no dia 09 é tão importante ir votar. Não vacilar e ir votar na esquerda que nunca terá qualquer proximidade nem com a extrema-direita, nem com a direita que negoceia com ela", garantiu a bloquista.
Eleições Europeias
No dia em que Ursula von der Leyen se junta à camp(...)
No dia em que a presidente da Comissão Europeia esteve no Porto, numa ação de campanha da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM), Catarina Martins insistiu nas críticas a Ursula von der Leyen, que teve nos últimos anos "uma aliança que ia dos Verdes até aos populares [Partido Popular Europeu]", acusando a dirigente alemã de estar a negociar agora com a extrema-direita.
"Mas só se engana sobre o que significa a direita na União Europeia e o seu projeto de retrocesso contra o Estado social e a democracia quem tiver andado ignorado ou distraído. Não é o caso desta esquerda", defendeu.
Catarina Martins defendeu que foi entre "socialistas, liberais, PPE (onde está o PSD e o CDS) que se fizeram das decisões mais vergonhosas da UE nos últimos tempos", desde o pacto de governação económica "até ao vergonhoso Pacto das Migrações que faz com que o Mediterrâneo seja a fronteira mais mortífera do mundo".
"Aqui está quem sabe que a linha vermelha são os direitos humanos e que essa linha vermelha é para levar a sério e que direitos humanos tanto é o acesso a saúde como o respeito pelas pessoas que migram", afirmou.
Numa altura em que bloquistas já assumiram o objetivo de eleger dois eurodeputados no domingo, Catarina Martins apelou ao voto "contra o medo" e "pela esperança" e insistiu na mensagem: "Vota no BE que é o partido que não vacila".
A bloquista vincou a importância do voto no domingo, mesmo com a possibilidade de um fim de semana prolongado devido à proximidade do feriado do 10 de junho, Dia de Portugal, e do 13, feriado em Lisboa.
Catarina Martins lembrou que nestas eleições existe um regime de voto excecional que permite aos eleitores votar em qualquer mesa do país, bastando para isso apresentar a sua identificação.